Cabeleireiro morreu asfixiado por soterramento, aponta IML

O delegado Lincoln Simonato, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Prudente, comenta que a suspeita principal, a princípio, era que a morte havia sido provocada por pancadas

PRUDENTE - VICTOR RODRIGUES

Data 10/02/2017
Horário 09:50
 

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que a causa da morte do cabeleireiro Dênis Paiano da Silva, 29 anos, foi provocada por asfixia em virtude de soterramento, o que evidencia que ele tenha sido enterrado ainda com vida. Os dados foram divulgados ontem. O delegado Lincoln Simonato, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Presidente Prudente, comenta que a suspeita principal, a princípio, era que a morte havia sido provocada pelas pancadas. "Ainda faltam outros laudos e a perícia dos celulares dos envolvidos para vermos se em algum momento houve troca de mensagens, e se houve a participação de outra pessoa", explica.

Os novos laudos devem sair em 30 dias. "Se os laudos não nos derem novidades, encerraremos o caso", comenta o delegado. Os dois acusados continuam presos, um de 22 e outro de 19 anos. Um deles já tinha antecedente criminal por tráfico de drogas, e havia cumprido pena até novembro do ano passado.

O crime é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver. Dênis ficou desaparecido desde a noite do dia 14 de janeiro e seu corpo foi encontrado enterrado em um canavial, no distrito de Eneida, em Prudente.

Antes de morrer, a vítima sofreu golpes de uma enxada e ainda teve parte de seu corpo queimado. Dênis foi rendido pelos dois detidos, durante a madrugada de sábado, depois de sair de um evento de família. Ao ser abordado, o cabeleireiro chegou ir até seu apartamento com a dupla, mas logo deixaram o local. Como já informado por este diário, em depoimento à Polícia Civil, os dois confessaram o crime e disseram que após deixar o apartamento da vítima seguiram no sentido ao distrito de Eneida, ainda com o cabeleireiro ao volante. Em determinado momento do trajeto, segundo o delegado, "o rapaz de 19 anos deu uma gravata no Dênis e o outro assumiu o controle do veículo". O jovem teria sido amarrado no banco traseiro e "a partir daí tiveram início as ameaças".

O delegado conta ainda que inicialmente a intenção dos suspeitos era praticar o roubo do veículo, mas que depois os planos da dupla teriam evoluído para um sequestro. Eles contaram que queriam pedir R$ 20 mil à família pelo resgate dele. No entanto, no trajeto até o canavial, um dos detidos teria dito o nome do outro, razão pela qual decidiram matar a vítima.
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