Campanha da Fraternidade levanta debate sobre saneamento básico

PRUDENTE - Jean Ramalho

Data 11/02/2016
Horário 08:43
 

Além do início do período da Quaresma, a Quarta-feira de Cinzas marcou também o lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016. Promovida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e pelo Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristã), a ação visa o debate acerca de questões relativas ao saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida. O tema escolhido para a campanha foi "Casa comum, nossa responsabilidade", enquanto o lema foi "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca", baseado no texto do livro bíblico de Amós 5.24.

De acordo com o Conic, a reflexão da campanha deste ano foi concebida "a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país". Ainda segundo o conselho, o texto-base da ação foi organizado em cinco partes, fundamentado no método ver, julgar e agir.

Jornal O Imparcial Reflexão foi concebida a partir de problema que afeta o meio ambiente e a vida das pessoas

Dom Benedito Gonçalves dos Santos, bispo diocesano de Presidente Prudente, considera a temática da campanha pertinente à atualidade, sobretudo pela questão da dengue, do chikungunya e do zika vírus. "A nossa casa comum é nosso bairro, comunidade e cidade, que estão infestados, por exemplo, pelo mosquito Aedes aegypti. Nossas famílias sofrem, não apenas pela omissão do poder público, mas principalmente pelas pessoas, que muitas vezes esperam do poder público, mas não fazem sua parte", lamenta o bispo.

Prevista para terminar em 20 de março, no Domingo de Ramos, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 deverá gerar discussões, debates e estudos acerca do tema. Ao final, conforme o bispo, serão apresentados os objetivos permanentes da campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a ação deste ano. "Cada um deve ser parceiro desse trabalho, todos temos que ser responsáveis. Só assim poderemos cobrar do poder público, como também do comprometimento de toda população", reforça dom Benedito Gonçalves dos Santos.
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