Cavalo abandonado passa por exames em hospital

A Lei Municipal 8.545/2014 corrobora a afirmação da veterinária, apontando a responsabilidade do CCZ nestes casos.

PRUDENTE - Bruno Saia

Data 13/09/2014
Horário 07:18
 

Um cavalo abandonado, que estava sob os cuidados de moradores, no Residencial Francisco Belo Galindo, em Presidente Prudente, foi resgatado ontem e encaminhado para o Hospital Veterinário da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), onde passou por uma série de exames e está em observação. Uma nota enviada ontem pela Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informava que o animal sofreria eutanásia, o que não ocorreu. "A prefeitura, por meio do CCZ , removeu o animal e levou-o ao Hospital Veterinário. Lá constatou-se a impossibilidade de cura. Assim sendo, decidiu-se pela eutanásia do mesmo", dizia o texto.

Jornal O Imparcial Tenda foi montada para proteger o cavalo, que também recebeu água e comida dos moradores

"Nós recebemos o cavalo trazido pelo CCZ, que disse que ele deveria ser eutanasiado, mas nossos veterinários irão fazer o possível para tentar salvá-lo", afirma a diretora do curso de Veterinária, Gláucia Prada Kanashiro. "Aqui é uma instituição particular e a obrigação de tratar dos animais nestes casos é do CCZ, porém, como veterinária, eu não posso negar esse atendimento", completa a médica. Ela ressalta que, aparentemente, o cavalo estava apenas subnutrido e que ainda não era possível apresentar um diagnóstico definitivo.

A Lei Municipal 8.545/2014 corrobora a afirmação da veterinária, apontando a responsabilidade do CCZ nestes casos. "Os animais de grande porte e pequeno porte encontrados soltos ou amarrados em vias e logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público serão apreendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses e ficarão sobre a custódia do poder público, nos termos da presente lei" detalha o texto.

 

Ajuda da população

O cavalo esteve por cerca de dez dias solto no Belo Galindo, recebendo água e comida dos moradores, além de se alimentar dos gramados nos terrenos da área. Porém, o auxílio da população não foi suficiente. "Na quarta-feira, ele se deitou nesta área e não conseguiu levantar mais de tão fraco que estava", conta Márcio Roberto de Souza, 37, que mora na região.

"Nós ligamos para o CCZ e fomos informados que não havia um veículo disponível para resgatar o animal, mas nós não podíamos deixá-lo aí jogado. Então, armamos uma tenda para protegê-lo do sol, compramos ração e demos água e comida direto na boca dele, que mal conseguia se mexer", completa. "Depois de muita insistência funcionários do CCZ finalmente vieram recolhê-lo hoje", conclui o morador. Até a conclusão desta edição, não havia nenhuma notícia sobre o proprietário do cavalo. A reportagem ainda tentou repercutir a situação com o diretor do CCZ, Célio Nereu Soares, mas não conseguiu contatá-lo e ele não retornou as ligações.
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