Cidades regionais perdem 1.457 postos de trabalho no 1º trimestre

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 22/06/2016
Horário 09:45
 

A região de Presidente Prudente registrou uma eliminação de 1.457 empregos no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, conforme levantamento da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, referentes aos empregos formais celetistas.

No entanto, o trimestre, no geral, apresentou um ganho de empregos: foram 1.172, especificamente, visto que teve mais admissões (17.513) do que demissões (16.341). No comparativo, o setor que mais influenciou o resultado foi  o da indústria de transformação, com perda de 1.148 empregos.

Jornal O Imparcial Setor de reparos de carros e motos teve demissões por diminuição na demanda de consertos

Em segundo lugar vem o ramo de reparação de carros e motocicletas (dentro do comércio), com 558 postos de trabalho eliminados, e a construção, com 431 perdas. O segmento da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, por sua vez, registrou um crescimento de 844 empregos comparando o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período de 2015.

 

Segmentos


Sobre o decréscimo no setor de reparos de veículos, o presidente do Sinaees (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico), em Prudente, José Coimbra, esclarece que as demissões se dão, em parte, por uma diminuição na demanda dos reparos, diante da recessão econômica. "Quando é algo que não precisa ser consertado urgentemente, como um amassado ou ralado no carro, as pessoas estão preferindo postergar os reparos", esclarece. Para o sindicalista, o segmento estava preparado para as demissões e estima que os postos de trabalho não serão recuperados em curto prazo, devendo levar mais de um ano para ser promovida a reposição.

Já em relação aos empregos da agricultura, a cultura que pode ter influenciado o panorama é a da cana-de-açúcar. Segundo o presidente do Sindetanol (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível) de Prudente e região, Milton Videiro Sobral, neste ano, a entressafra das usinas sucroalcooleiras foi menor, e algumas usinas sequer pararam de produzir. "Havia sobrado muita cana para moer, então, não houve demissões de funcionários no setor, apenas alguns desligamentos pontuais", aponta.

 
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