Com 900 em redação, estudante destaca tema como “excepcional”

Egresso da EE Dr. José Foz, em Prudente, Pedro Alonso, 17 anos, compartilha suas perspectivas sobre a temática "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil"

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 12/03/2023
Horário 07:25
Foto: Cedida
Pedro diz que internalizou regras de escrita e redigiu o texto com coesão
Pedro diz que internalizou regras de escrita e redigiu o texto com coesão

Para Pedro Alonso Oliveira dos Santos, 17 anos, terceiro jovem que a reportagem conversou, que atingiu 900 pontos na redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o tema "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" foi “excepcional”. “Isso porque os povos tradicionais, ou originários, são parte fundamental da nossa cultura; influenciaram desde o começo o que, hoje, chamamos de Brasil. Dada essa importância, é lamentável ver o descaso que vêm sofrendo, seja por parte do governo ou da sociedade como um todo”, destaca Pedro. 
Conforme ele, trazer isso aos holofotes do Enem, a maior prova do Brasil, faz com que seja dada uma atenção especial para quem tanto necessita e merece. “Parte do significado de ser brasileiro é zelar por quem já estava aqui antes de 1.500 e proteger costumes e tradições que atravessam gerações. Foi um tema abrangente e de conhecimento geral, que já está presente na sociedade. Trazê-lo para o Enem apenas fez com que os olhos de quem fazia a redação se voltassem para ele”, denota o estudante.

Surpresa

Egresso da turma do 3ºB, da Escola Estadual Dr. José Foz, de Presidente Prudente, Pedro, que trabalha como aprendiz na Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), conta que já está cursando o primeiro semestre do curso de Ciência da Computação na Unesp (Universidade Estadual Paulista), em período vespertino/noturno, após passar no vestibular, mas tem certeza que essa nota viabilizaria sua entrada em diversas instituições públicas e privadas de ensino superior.
Segundo ele, apesar de estar ciente de ter feito um texto bem escrito, a pressão o intimidou a ponto de não acreditar que se sairia bem. Entretanto, ele atribui seu bom desempenho ao vocabulário rico que possui. “Saber usar o repertório cultural e respeitar a norma padrão da escrita da língua portuguesa, mesmo em ambientes informais, é importante. Internalizei as regras de escrita a ponto que não precisei ativamente corrigir o texto, apenas o redigir com coesão”, menciona o jovem, que ficou surpreso com sua nota.

Aprender e não decorar

Ao contrário do esperado, Pedro diz que não manteve o hábito de leitura para se preparar para a prova. “Sei que é extremamente edificante e necessário e inclusive busco exercitá-lo mais a cada dia, mas dizer que foi um fator imperativo seria uma mentira. Fato é que foquei em enriquecer meu vocabulário através da qualidade, não quantidade”, salienta Pedro.
Ele menciona que, ao se deparar com uma palavra nova, busca seus significados e logo já consegue empregá-la em seus textos de forma coesa. “Além disso, procurei aprender, de fato, o conteúdo das aulas, ao invés de apenas decorá-lo, como muitos alunos o fazem. Agora, que fique claro: não cultivei o hábito da leitura, mas me arrependo e recomendo que todos o façam o quanto antes”, aconselha o estudante.
 
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