Combustíveis estão mais caros

Já em Martinópolis, no Auto Posto Estrela, o etanol foi reajustado, porém, o estabelecimento ainda segurava o preço da gasolina.

REGIÃO - Elaine Soares

Data 22/02/2014
Horário 08:11

 


O consumidor sente no bolso o reajuste no valor do etanol e da gasolina que, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), é impulsionado por um aumento médio de R$ 0,08 repassados pelos usineiros às distribuidoras. Na região, alguns postos de combustíveis já praticam a nova cifra e, em determinados casos, os produtos ficaram R$ 0,17 mais caros (veja tabela). O litro (l) da gasolina chega a custar R$ 2,99, enquanto que o maior preço cobrado pelo etanol nos postos consultados é de R$ 1,99. Até às 17h de ontem, alguns estabelecimentos ainda não haviam alterado a tabela de preços, porém, anunciaram que o reajuste poderia ocorrer a qualquer momento.

O presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, explica que os dois tipos de etanol - hidratado e anidro - tiveram alta e, portanto, o consumidor sente o reflexo do aumento também na gasolina que recebe uma porcentagem do produto. Quanto aos centavos que serão cobrados a mais, diz que "o ganho dos postos é livre e que é o consumidor quem controla este fator". "Por isso é importante pesquisar. Pode ser que este levantamento resulte em economia", diz.

Economia que seria bem-vinda para quem acha que o preço está "salgado", como é  caso da advogada Cristiane Choairy Salém, 43 anos. "Os gastos com combustíveis com certeza comprometem muito o orçamento", comenta. A revolta do funcionário público, Gilmar Máximo da Silva, 38 anos, é o fato de que a região possui diversas usinas e paga-se "tão caro" pelo etanol, "como se as indústrias não fossem nossas vizinhas". Da mesma forma pensa o locutor Bene Soares, 56 anos. "A região é uma dos maiores produtoras de etanol e, mesmo assim, pagamos estes valores. É um absurdo. O etanol é daqui, é nosso", reclama.


Região


Em Regente Feijó, os dois postos consultados na tarde de ontem pela reportagem ainda mantinham seus preços sem o reajuste previsto. Porém, a expectativa era de ao receber uma próxima carga das distribuidoras, os combustíveis passassem a custar mais alguns centavos, por litro. Já em Martinópolis, no Auto Posto Estrela, o etanol foi reajustado, porém, o estabelecimento ainda segurava o preço da gasolina.

Quatro comércios praticam o preço máximo observado, sendo dois em Álvares Machado e os outros em Presidente Prudente. Da mesma forma ocorre com o etanol.

Segundo o empresário do ramo, Lourivalter Gonçalves, a explicação para o aumento acima do repassado pelas usinas, registrado em alguns postos, é que muitos trabalhavam a um preço abaixo do mercado e aproveitaram a alta para repor as perdas acumuladas referentes a reajustes passados, que não chegaram ao consumidor. "Às vezes o posto ‘banca’ um aumento ou outro para depois repassar tudo de uma vez", aponta.

Para a tristeza dos consumidores, Gonçalves ainda espera nova alta no etanol para breve, mas diz que o impacto desta próxima elevação deve ser pouco sentido no litro da gasolina, que mesmo custando quase R$ 3, ainda "está mais barato do que o valor cobrado em várias regiões do Estado", cita.
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