O último sábado do ano é também o último dia de 2016. E ainda uma data marcada por uma tradição nas ruas da capital paulista. Em sua 92ª edição, a Corrida Internacional de São Silvestre, realizada sempre no dia 31 de dezembro, vai contar mais uma vez com a participação de corredores de Presidente Prudente. Com a novidade de ruas e avenidas mais amplas, os participantes disputam, amanhã, em um percurso de 15 km, com perspectivas de tempo máximo de prova em três horas.

Desde 2007, Neiva Gomes já participou de 40 corridas

Representando a cidade, um dos participantes é o Cícero Francisco Filho, 52 anos. Participando pela sexta vez consecutiva, o corredor profissional afirma que mantém uma rotina de treinos intensa. "Eu corro no mínimo 10 km por dia, de segunda a segunda. Além disso, faço musculação, um acompanhamento com a parte física e técnica", diz.

Para Cícero, a última edição da corrida não foi o seu melhor desempenho. A falta de preparo refletiu no desempenho da prova. "Desde 2010, ano da minha primeira participação, tento bater meus recordes. O ano passado fiz a prova em 1 hora e 13 minutos, pois não me preparei o suficiente. Mas, mesmo assim não deixei de participar. Este ano quero melhorar meu tempo e fazer o percurso em 1 hora e 5 minutos", completa.

 

Amadores

Mas a prova não é somente para os profissionais. Na categoria amadora também haverá prudentinos. A funcionária pública Neiva Magali Judai Gomes, 51 anos, volta à prova nove anos depois da sua primeira participação, em 2007. Com o preparo e os objetivos diferentes, ela espera concluir a prova com êxito. "Neste ano, quero terminar a prova em pelo menos 1h20. Recentemente, em novembro, participei da Maratona de Nova Iorque, onde corri 42 km. Foi uma experiência incrível e que ajudou muito no meu preparo", comemora.

Neiva entrou no esporte em 2006 e desde então nunca parou. Além da expectativa de voltar a correr pela São Silvestre tanto tempo depois, ela prospecta que os desafios serão diferentes. "Antes a prova era no período noturno, depois foi pra tarde e agora é de manhã. Em minha opinião, o calor será o maior inimigo. Dezembro é um mês abafado e que pode atrapalhar no desempenho, assim como o número de competidores, que só aumenta. Mas vamos pra cima!", salienta.

E quem também está disposta a ir com tudo é a professora Amélia Hatsue Oichi. A prudentina, que já pratica corrida há cinco anos, vai encarar a competição pela primeira vez. Mas ela admite que se dedicou o suficiente. "Ao longo do ano eu me preparei e até participei de torneios menores na região. Fiz treinos diários de 12 km e acredito que conseguirei realizar o percurso sem problemas", garante.

Ainda de acordo com Amélia, a prova será bem diferente de tudo que ela já praticou. "Espero me divertir na corrida, sem a ganância de ficar entre os melhores. Quero aproveitar a experiência. Entrei no esporte sem a pretensão de competir e ganhar prêmios. Porém, hoje, sempre que possível, estou nos competições. Essa etapa servirá como um teste para mim, pois ano que vem quero encarar uma maratona", finaliza.

 

Edição 2015

Na última edição da Corrida Internacional de São Silvestre, o Brasil subiu ao pódio, tanto no feminino como no masculino. A colocação entre as mulheres ficou da seguinte forma: Ymer Wude Ayalew, da Etiópia, fez o melhor tempo, com 54 minutos cravados, seguido da queniana Delvine Relin (54m03s). A corredora Failuna Matanga (Tanzânia) fez a prova em 54 minutos e 11 segundos. Na quarta e quinta colocações, ficou a dupla brasileira Sueli Pereira (54m15s) e Joziane Cardoso (54m22s), respectivamente.

Já na categoria masculina, o Brasil conseguiu o pódio apenas uma vez. O primeiro lugar foi para o queniano Stanley Biyott, com 44m31s. Na sequência, ficaram os atletas da Etiópia Leul Gebresilase (44m34s) e Feyisa Lilesa (44min38s). O Quênia continuou entre os melhores, ficando na quarta posição com o corredor Edwin Kipsang (44min41s). E, por fim, o brasileiro Giovani dos Santos, com o quinto melhor tempo, fez a prova em 44m58s.