Do vinil à internet, prudentino coleciona experiência em comércio cultural

“É preciso sempre estar atento as mudanças e oferecer uma variedade de opções”, analisa Eugênio Valentim Balan

VARIEDADES - ESTEVÃO SALOMÃO

Data 13/01/2018
Horário 12:43

Aos 9 anos de idade, nos dias em que acompanhava o trabalho no campo ao lado de seu pai e irmãos, o pequeno Eugênio Valentim Balan, ouvia, pelas ondas sonoras daquele rádio à pilha, os primeiros lançamentos de uma banda proeminente, os Beatles.

Foi ali, no município de Santa Ernestina (SP), em meados de 1962, que o prudentino e atual comerciante de artigos de rock, iniciava sua paixão às bandas de rock and roll, jazz, pop, entre os demais gêneros musicais. “Aos 7 anos tive o primeiro contato com as apresentações de bandas ao vivo, as quais acompanhava ao lado de meus familiares”, se recorda Eugênio.

Tamanho era seu fascínio que o mesmo passou a ser sua profissão. No ano de 1971, Eugênio integrava uma rede de lojas de discos de vinil, a qual comercializava diferentes trilhas sonoras, especialmente ligadas ao rock e a música erudita.

De lá para cá, diante de diferentes cidades e públicos, o profissional conquistou muito mais que o domínio sobre as peculiaridades de cada canção, tornou-se o protagonista de uma época de mudanças, especialmente com o avanço da tecnologia, substituição dos LPs (Longs Plays) e a chegada da internet. “O arquivo digital passou a ser a grande novidade e o vendedor já não tinha tanta importância”, menciona.

 

“Aos 7 anos tive o primeiro contato com as apresentações de bandas ao vivo”

Eugênio Valentim Balan,

comerciante

 

Desta maneira, diante de um cenário de mudanças, Eugênio também optara por ela, porém, sem nunca abandonar sua essência. “Resumidamente, após sair da antiga empresa comecei a trabalhar com produções de shows, para Gilberto Gil, Rita Lee, Daniela Mercury, entre outros. Em 1997 vim para Presidente Prudente e em 2000 iniciei a ‘Mystery Rock Store’ - comércio de artigos e assessórios de rock, animes, CDs, LPs, etc”, diz.

Sobre o futuro, Eugênio, 64 anos, que é casado e pai de dois filhos, menciona estar esperançoso com a continuidade de vendas, especialmente em relação ao incentivo da cultura na cidade e região. “É preciso sempre estar atento as mudanças e oferecer uma variedade de opções. Observo que nossa cidade mantém uma forte ligação com os traços culturais e, desta maneira, continuarei alimentando aquilo que sempre cultivei”, conclui.

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