Domingo terá fenômeno astronômico raro antes do amanhecer

Entusiastas de astronomia poderão observar 5 planetas de uma só vez

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 25/07/2020
Horário 14:26
Fernando Frazão/ABr - Conjuntos foram vistos pelas últimas vezes em 2005, 2016 e 2018
Fernando Frazão/ABr - Conjuntos foram vistos pelas últimas vezes em 2005, 2016 e 2018

Os vidrados em astronomia têm um motivo especial para acordar um pouco antes do Sol neste domingo. Graças a uma coincidência de órbitas, todos os cinco planetas visíveis a olho nu – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – estarão lá, compondo uma paisagem que só poderá ser vista novamente em junho de 2022.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312258&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312258&o=node

Segundo o professor do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) e coordenador do projeto Astro&Física, Marcelo Schappo, o evento está em seus últimos dias, e a coincidência das cinco órbitas visíveis acabará durante já no início da semana.

“Isso começou em meados de julho. Só que, na medida em que o mês termina, vai ficando cada vez mais complicado de ver todos na mesma noite”, disse ele à Agência Brasil.

De acordo com o físico, a observação dos planetas só é possível cerca de hora e meia antes de o Sol nascer. “O horário exato varia de acordo com a localidade. A melhor referência é antes do nascer do Sol, porque a luminosidade acaba ocultando a luz refletida pelos planetas”, disse.

Saiba como identificar os planetas

Para localizar os planetas no céu, Schappo sugere que, primeiro, se busque identificar Júpiter, por ser o maior.

“Ele estará a Oeste, próximo ao horizonte. Logo ao lado estará Saturno. Segundo uma linha imaginária será possível ver, a meia altura do céu, Marte, que é um pontinho brilhante levemente avermelhado. Mais adiante, um pouco abaixo das Três Marias, que é uma constelação bastante conhecida dos brasileiros, estará Vênus; e mais a Leste, Mercúrio [conforme mostra a ilustração da matéria]”, explicou.

Isso não ocorre com muita frequência porque os movimentos orbitais dos planetas em torno do Sol não são sincronizados uns com os outros. “Assim, para termos a oportunidade de avistar todos eles a partir daqui do nosso planeta, é preciso que eles estejam em posições adequadas de seu movimento orbital".

As últimas vezes em que a visualização desse conjunto de planetas ao mesmo tempo foi possível foram nos anos de 2005, 2016 e 2018.

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