Ed Thomas confirma que projeto de terceirização do Prudentão está em estudo 

Assunto é tratado pela Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos; gestor da Semepp relatou que pedido do prefeito é que proposta seja entregue o quanto antes à Câmara 

Esportes - CAIO GERVAZONI

Data 02/02/2024
Horário 03:50
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Na noite de quarta, Prudentão foi palco do duelo entre Grêmio Prudente e Marília pela A3 do Paulista 
Na noite de quarta, Prudentão foi palco do duelo entre Grêmio Prudente e Marília pela A3 do Paulista 

Na tarde de ontem, o prefeito Ed Thomas (sem partido) confirmou à reportagem de O Imparcial que o estudo sobre a viabilidade da concessão do Estádio Paulo Constantino, Prudentão, à iniciativa privada está em curso. O chefe do Executivo prudentino indicou que a questão já está sendo tratada pela Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornalista Homero Ferreira em sua coluna “Plantão” neste diário. 

O gestor da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente), Clayton Santos, foi indicado pela Prefeitura para falar sobre o assunto. Segundo o secretário de Esportes, o projeto que está em curso é um estudo sobre a concessão onerosa do Prudentão, inicialmente por dez anos, e parte de uma solicitação do MPE (Ministério Público Estadual).

“O Ministério Público entende que, assim como a Prefeitura, o Prudentão é inviável financeiramente para o poder público porque o estádio não tem grande utilidade pública e hoje está sendo usado para o futebol profissional. Quando se tem jogo do futebol amador, que é algo raro, nem os times do amador gostam de jogar por lá porque fica muito deslocado, preferem o Estádio Caetano Peretti, onde o prefeito está fazendo a iluminação”, iniciou o gestor de Esportes, ao falar sobre os porquês da concessão do Prudentão. 

Segundo ele, os gastos da Prefeitura com a manutenção do segundo maior estádio do interior do Brasil beiram R$ 40 mil mensais. “Isso passa de quase R$ 35 mil a R$ 40 mil por mês [com gastos] entre funcionários, água, luz, hora extra, manutenção com roçadeira cuidando de arquibancada e gramado. É uma praça que não tem rentabilidade alguma, raramente é alugada. É uma degradação do patrimônio público porque quando você não consegue investir, fazer manutenção das arquibancadas, dos banheiros, acaba degradando o patrimônio. Então, a ideia é passar para iniciativa privada por meio de uma concessão onerosa.  Este processo já está na mão do jurídico para dar prosseguimento a isso daí”, pontuou Clayton Santos. 

O secretário da Semepp disse que o pedido de Ed Thomais é para que a conclusão do estudo aconteça o “quanto antes”. “É difícil falar em projeção, mas é o quanto antes pra gente concluir [o projeto] e mandar para a Câmara de Vereadores aprovar. A ideia é tentar colocar isso em prática ainda no primeiro semestre”, complementou Santos, ao citar como exemplo as concessões do Estádio Municipal do Pacaembu, o Ginásio do Ibirapuera e o Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos (SP)

Possíveis investidores

Clayton Santos relatou que a ideia da Prefeitura é o que o Prudentão seja concedido a um clube de futebol profissional. “Essa questão da concessão não é específica por conta do Grêmio Prudente. Desde que preencha todos os requisitos, é uma concessão que qualquer clube do Brasil pode participar”, expôs o secretário da Semepp. 

Questionado sobre quais seriam estes requisitos, Santos relatou que os pontos ainda não estão todos detalhados, porém o principal seria a manutenção do local. “É a manutenção e o investimento no estádio: vestiário, arquibancada, placar eletrônico, gramado... enfim, é tudo”, concluiu gestor da Semepp. 

Aluguel do Prudentão

Conforme o Decreto nº 31051/2020, que trata sobre o uso de áreas esportivas administradas pela Semepp, o aluguel do Prudentão para treinos é de 45,889 UFM (Unidade Fiscal do Município) a cada duas horas, cerca de R$ 223,96. Em dias de jogos, o percentual que fica para Prefeitura é de 2,5% do valor arrecadado pela bilheteria bruta em partidas durante o dia e 4% nos jogos à noite, com a utilização do sistema de utilização de iluminação do estádio.  

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