Educação estimula escolas a combaterem cyberbullying

Vídeos, cartazes e conversas virtuais incentivam uso responsável das redes sociais; programa busca elevar índices de aprendizagem

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 27/06/2020
Horário 14:49
Governo de SP - Atividade integra o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar
Governo de SP - Atividade integra o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar

Em tempos de isolamento social e maior uso do ambiente virtual, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo solicitou que as escolas da rede proponham que os estudantes desenvolvam trabalhos de combate ao cyberbullying – modalidade de bullying praticada na internet.

A atividade integra o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP), criado pela Seduc no ano passado, para que toda escola seja um ambiente de aprendizagem solidário, colaborativo, acolhedor e seguro, na busca da melhoria da aprendizagem.

As ações de combate ao cyberbullying preveem ainda desenvolver ética virtual e melhoria da convivência digital entre a comunidade escolar. Para abordar o tema os alunos produziram vídeos, cartazes e rodas virtuais de conversas.

Veja alguns exemplos:

Na capital, os alunos da Escola Estadual São Paulo gravaram depoimentos de incentivo aos jovens para denunciarem casos em que se sintam atingidos por situações que os deixem constrangidos, seja presencial ou virtualmente. Eles ressaltam que os pais também precisam ficar atentos aos comportamentos dos filhos, especialmente neste momento de distanciamento social devido à pandemia do coronavírus.

Este também foi o mote do trabalho desenvolvido pelos estudantes da Escola Estadual Doutor Clóvis de Arruda Campos, em Araçatuba, que criaram um projeto com o objetivo de sensibilizar os próprios alunos sobre a importância do uso responsável das redes sociais.

Na Escola Estadual João Arruda Brasil, em Guararapes, o cyberbullying foi trabalhado com alunos do 9° ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, na disciplina de tecnologia e inovação. Por meio da leitura de textos, de tirinhas e de respostas de um questionário no Google Forms, os estudantes refletiram e repensaram atitudes ao se questionarem: “E se fosse comigo?”

Em Valparaíso, a equipe gestora da Escola Estadual Professor David Golia acredita não ter registros de cyberbullying porque desenvolvem ações de prevenção. A unidade trabalha com a conscientização do uso produtivo dos ambientes virtuais.

Na Escola Estadual José Pedro de Moraes, em Pirassununga, o lema do trabalho “Todos merecem respeito sempre.” Os alunos ressaltaram que o cyberbullying não pode ser visto como uma brincadeira de crianças, nem ser omitido, porque mesmo quando a agressão é virtual o estrago pode ser real.

Já na Escola Estadual Elza Peçanha de Godoy, em Piracaia, os alunos elaboraram um jornal virtual, onde irão apresentar diversas informações sobre temas atuais e importantes. O primeiro deles foi cyberbullying.

A equipe escolar da Escola Estadual Capitão Henrique Montenegro, em Bocaina, também tem acompanhado os alunos virtualmente e decidiu envolvê-los com a ajuda dos representantes de salas e dos alunos gremistas para promoverem uma ação de conscientização e de reflexão sobre o cyberbullying.

A primeira atividade foi pesquisar sobre o tema e criar um vídeo com relatos de casos de bullying nas redes. O material foi postado na página do Facebook da escola. Uma ex-aluna da unidade, que já está formada em psicologia, gravará um vídeo com alerta aos pais sobre o cyberbullying e seus efeitos.

SAIBA MAIS

Para tratar de temas que envolvam a ética virtual e a melhoria da convivência digital, a Seduc, por meio do Conviva SP, ofereceu palestras com especialistas em videoconferências transmitidas pelo Centro de Mídias SP. A Secretaria desenvolveu formação específica para os educadores acerca do tema, disponibilizado material de apoio.

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