Eleições municipais: novo contexto

OPINIÃO - Clóvis Moré

Data 09/10/2020
Horário 04:33

A nova ordem imposta à humanidade no conhecimento científico, tecnológico e por este fenômeno viral, que mata sem ser descoberto, traz indagações para análises sobre a realidade.
Vivenciamos com a rapidez dos novos meios, situações inusitadas permissivas a pensamentos e conjecturas surpreendentes para quem passa décadas sobrevivendo.
As eleições municipais adiadas para novembro mostram um quadro nunca antes visto. A proliferação de candidaturas com números recordes de postulantes, querendo chegar aos postos eletivos, talvez levados pela "nova onda" de que tudo é possível, sem ao menos fazer uma autocrítica de suas potencialidades intelectuais, que lhes permitam ocupar cargos de tamanha responsabilidade.
Não seria nada demais se olharmos para o nível de nossos políticos, que é baixíssimo. Mas, se queremos melhoras na administração do bem público, nada mais certo e justo do que renovar os quadros de mandatários com indivíduos que pelo menos sejam alfabetizados.
O que se vê, nesta primeira apresentação de quem quer ocupar os cargos, é uma correria em busca do exercício de um cargo para o qual muitas vezes não se tem qualificação.

As eleições municipais mostram um quadro nunca antes visto: a proliferação de candidaturas com números recordes de postulantes

Muito tem se falado que o "fundo partidário" que injetará bilhões de dinheiro publico é uma das grandes motivações para este súbito interesse.
Mal sabem estes desinformados que a prestação de contas deste dinheiro é rígida o suficiente para condenar e levar à cadeia aqueles que dele dispuserem sem o cuidado necessário para apreciação dos órgãos fiscalizadores.
São tantos os candidatos, principalmente a prefeito e vice, que pessoas narcisistas estão submetendo seus nomes para apreciação do eleitor, sem olhar para o currículo, que apenas demonstra sua filiação e nada de bom realizado pela comunidade.
Pelos primeiros passos, podemos esperar uma busca de votos, expondo a mediocridade dos que se habilitam a serem representantes do povo.
O ditado popular pode ser contestado de "pode ficar pior do que está".


 

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