Em inspeção, Ipem aprova 70 aparelhos de medir pressão arterial do AME de Prudente

Esfigmomanômetros precisam passar por verificação anual do instituto, pois aparelhos desregulados podem falsear diagnósticos médicos

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 16/02/2022
Horário 14:43
Foto: Ipem
Instrumentos verificados pelo Ipem-SP foram aprovados
Instrumentos verificados pelo Ipem-SP foram aprovados

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) realizou nesta terça-feira a verificação periódica de 70 esfigmomanômetros hospitalares, aparelhos popularmente conhecidos como medidores de pressão arterial, do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Presidente Prudente. Os instrumentos foram aprovados.

Os esfigmomanômetros são aparelhos de alta precisão e devem passar por verificação anual, segundo a legislação pertinente. O instrumento é regulamentado no Brasil pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade), sendo que cada modelo conta com uma portaria de aprovação, que deve constar no aparelho.

Antes de ser comercializado, todo medidor de pressão arterial é submetido a ensaios no fabricante para verificar se está medindo corretamente. A ação é denominada de verificação inicial. O aparelho precisa ser inspecionado periodicamente para que sejam mantidas as características de precisão adequadas. Isso é necessário porque o esfigmomanômetro desregula com o tempo e com o uso e pode passar a apresentar medições erradas. Os instrumentos que são encontrados sem modelo de aprovação devem ser retirados do mercado e não devem ser utilizados.

O Ipem-SP realiza a verificação e fixa no aparelho a etiqueta com a referência ao ano seguinte. Quando a ação é realizada na fábrica, as equipes do instituto fixam a etiqueta "verificação inicial", estando o instrumento sujeito à verificação subsequente a qualquer momento após a colocação em uso.

Para verificação periódica, os esfigmomanômetros devem ser encaminhados ao Ipem-SP, por meio das suas regionais em todo o Estado de São Paulo. Nos laboratórios, o instrumento é verificado por meio de aparelho padrão de pressão para ver se a medição está correta. Essa inspeção tem como finalidade garantir a confiabilidade das medições, e, como consequência, resguardar a saúde do cidadão.

Nos casos em que o instrumento é reprovado, o equipamento deve ser encaminhado para reparo em uma oficina credenciada pelo Ipem-SP. Após o conserto, deve ser novamente conferido. Se aprovado, é afixada a marca de verificação do exercício para o ano subsequente. Esta marca pode ser conferida pelo cidadão e, no caso de não estar presente ou com referência aos anos anteriores, deve solicitar a utilização de um esfigmomanômetro com o selo do Inmetro atualizado.

O Ipem-SP recomenda aos profissionais da área de saúde, sobretudo aos médicos, que fiquem atentos quanto à verificação periódica do medidor de pressão arterial. Esfigmomanômetro desregulado pode falsear o diagnóstico médico e colocar em risco a saúde do paciente.     

Projeto de pesquisa

O Ipem-SP e o Inmetro concluíram em dezembro de 2019 um projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), intitulado “Proposta de ensaio de proficiência aplicado à acreditação no âmbito da metrologia legal na medição de pressão arterial”. Este projeto objetivou analisar o desempenho de empresas autoverificadoras de esfigmomanômetros de forma a garantir que tais equipamentos não sejam colocados no mercado em desacordo com a regulamentação, neste caso podendo impactar negativamente na saúde humana.

O projeto, iniciado em 2017, permitiu ao Ipem-SP, por meio do Laboratório de Pressão do Departamento de Metrologia Científica e Industrial do Ipem-SP, capacitar-se em prover ensaios de proficiência para empresas que realizam autoverificação de esfigmomanômetros. Por meio dos ensaios de proficiência, é possível monitorar o desempenho de cada uma das empresas nas etapas de verificação inicial de esfigmomanômetros. Empresas que obtiverem desempenho insatisfatório terão de implementar ações para corrigir o problema, sob pena máxima de perda da acreditação e da autorização para autoverificação.

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