Aplaudido de pé pelos componentes da mesa principal e por todo o plenário da Câmara Municipal de Martinópolis, o novo chefe do Executivo, Valdeci Soares dos Santos Filho (Podemos), o “Soró”, afirmou, em seu primeiro discurso como prefeito, que sua prioridade é colocar um segundo médico para auxiliar nos atendimentos da Santa Casa. Empossado em sessão solene na tarde desta sexta-feira, que contou com a presença de nove dos 11 vereadores da Casa de Leis, além de autoridades regionais, passou a ocupar o cargo deixado por Marco Antonio Jacomeli de Freita (Republicanos), que teve seu mandato cassado na quarta-feira.
Além do novo profissional para a Santa Casa, Soró afirmou que vai promover outras melhorias que envolvem a saúde e a educação, áreas que considera prioritárias, assim como o bem-estar dos funcionários do município. “Se eu tiver condições, vamos fazer a papelada tudo dentro da legalidade e vamos ter um segundo médico na Santa Casa, porque eu presenciei a situação. Um médico sozinho, se chega uma emergência, ele tem que parar para atender e os outros pacientes ficam esperando. Com um segundo médico, ele vai atender a pessoa que chegou e o outro continua atendendo os demais. Isso para mim é prioridade. É o que eu pretendo”, declarou.
Na sessão, o novo prefeito foi convidado a compor a mesa principal, acompanhado da esposa, a primeira-dama, Edna Soares, e demais autoridades. “Quero agradecer a Deus por esse momento e pedir a Ele que me dê sabedoria e discernimento para poder trabalhar em prol dessa população, junto com essa Casa de Leis. Hoje, eu assumo responsabilidade como prefeito dessa cidade, com humildade e determinação”, ressaltou.
Cassação aprovada
Antes da posse, uma sessão extraordinária foi convocada pelo presidente da Casa de Leis, vereador José Elizeo Lourenço (União), na qual foi aprovada pelos edis presentes a ata do último encontro, na quarta-feira, quando o mandato do então prefeito Marco foi cassado, por nove votos a favor e dois contrários. Os ausentes nesta sexta-feira foram justamente os dois vereadores que se opuseram a cassação, Maurício Farias de Souza Junior e Marcos Xavier de Almeida Passo Junior, ambos do partido Republicanos. Portanto, aprovaram a saída do ex-chefe do Executivo, bem como a ata sobre tal cassação os edis: Alexandre Peres Cangussu (União), Antonio Almeida Klem (União), Gabriel Valões Santos (Cidadania), Gisele de Souza (PV), José Elizeo, Ricardo Trombini (Cidadania), Rogério da Silva (União), Rubens Minoru Hayashi (PV) e Sonia Pires Bueno Chanquini (PSD).
Marco era investigado, desde novembro do ano passado, após denúncia apresentada pelo vereador Alzair da Silva Lopes (União), que o acusava de utilizar seu gabinete no Paço Municipal como moradia, bem como de tentar aliciar e corromper o denunciante, lhe ofertando R$ 50 mil, a título de doação eleitoral, para que votasse a favor de um projeto de interesse do chefe do Executivo.
Ou seja, por suas atitudes, os vereadores consideraram que ele infringiu o artigo quarto do Decreto-Lei 201/67, da Presidência da República, que dispõe sobre a responsabilidade dos chefes do Executivo e vereadores, mais especificamente sobre praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática; omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do município sujeito à administração da Prefeitura; e proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
