Em meio a tantos negócios que foram duramente prejudicados com as restrições impostas pelo isolamento social, sem dúvidas, o segmento de bares e restaurantes figura entre os mais penalizados. Na área do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde – 11) de Presidente Prudente, os estabelecimentos do setor rumam aos 170 dias de portas fechadas. Exatamente isso! Quase seis meses sem poder receber clientes, contando somente com a opção de atendimento delivery.
Todos sabemos que, em condições “normais”, ser um empresário no Brasil não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário. É para poucos. Com tantos impostos, taxas, burocracias, entrave atrás de entrave, a tarefa é pra lá de árdua. Pois são esses “sobreviventes” os verdadeiros guerreiros do cotidiano, que pagam suas contas em dia, que geram emprego e renda. E neste momento tão delicado, são eles que precisam do apoio de todos para que consigam manter suas portas abertas.
Imagine como é precisar honrar com seus compromissos, e não poder trabalhar? Passou da hora da situação desses empresários ser revista! Todos sabemos das restrições impostas pelas fases do Plano São Paulo. Infelizmente, a região de Presidente Prudente vai completar dois meses na fase laranja, que é repleta de restrições ao funcionamento do comércio e shoppings, e que somente permite bares e restaurantes trabalharem no sistema delivery.
Como noticiado nesta semana por este diário, representantes regionais mandaram documento ao governo do Estado questionando a manutenção da região na fase laranja, em detrimento de outras regiões, que com índices de saúde piores que os regionais, conseguiram avançar de fase. São dois pesos e duas medidas? Queremos acreditar que não.
Após tantos dias em isolamento social, todos sabemos da real necessidade de nos cuidarmos, pois a Covid-19 é perigosa, e pode matar. Manter a distância, fazer uso constante do álcool em gel, lavar as mãos sempre que possível, tirar os sapatos antes de entrar em casa. Todas essas são medidas que já incorporamos, que fazem parte do nosso dia a dia. Desde o início da pandemia, como muito bem colocado por um dos empresários entrevistados por este diário, muita coisa mudou, inclusive, os protocolos de saúde. Portanto, passou da hora da situação dos proprietários de bares e restaurantes também ser revista e evoluir para um nível que possibilite a essas pessoas a manterem seus negócios sãos e salvos, pois são eles a verdadeira mola propulsora do desenvolvimento da economia.
