O Programa de Educação Integral Cidadescola presta serviço a 4 mil alunos em 31 escolas de Presidente Prudente, de acordo com a diretora da iniciativa no município, Isabel Cristina Arcanjo Riqueti. Para atender esta demanda e oferecer um ensino de qualidade, gestores, docentes e oficineiros precisam avaliar continuamente quais ações estão sendo tomadas para implementar a educação local e solucionar os desafios encontrados no meio do caminho. Pensando nisso, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) e a FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista) promoveram, na manhã de ontem, no Teatro Paulo Roberto Lisboa, o 1º Seminário de Políticas de Educação Integral, a fim de estimular o debate e a reflexão sobre o tema.

1ª Seminário de Políticas de Educação Integral reuniu profissionais da educação ontem

Conforme a docente da FCT/Unesp, Renata Portela Rinaldi, membro da comissão organizadora do evento, o momento foi preparado para todos os profissionais da educação que participam direta e indiretamente do programa de educação integral em Prudente, com o objetivo de dialogar sobre ações propostas e executadas nos ambientes escolares. "Neste encontro, queremos propor que a educação integral não consista apenas em uma escola com tempo ampliado, mas numa instituição que ofereça ensino de qualidade, desenvolvimento cultural e formação cidadã", expõe.

Para a secretária municipal de Educação, Ondina Barbosa Gerbasi, o Cidadescola é "uma grande contribuição" para o trabalho da pasta no município, pois garante a formação das crianças em todos os aspectos. Questionada sobre a eficácia da educação integral no combate ao trabalho infantil, a titular afirmou que o papel da escola com horário letivo maior é justamente manter a criança em ambiente formativo. "Além da educação formal, a criança participa de atividades que desenvolvem o caráter e personalidade e recebe orientações sobre alimentação adequada, disciplina e organização", expressa.

A professora comunitária da Escola Municipal Maria Isabel Barbosa Negrão, Rita de Cássia Alves Oliveira, destaca o Cidadescola como um impulsor do desenvolvimento das habilidades de cada criança. "Há vários talentos artísticos e esportivos no nosso município que nunca seriam descobertos se não houvesse o trabalho do programa", aponta. Representante dos estudantes na composição da mesa principal, a aluna do quinto ano, Emily Bianca Pergentino, 11 anos, vislumbra o programa como um suporte social. "Com o Cidadescola, muitas crianças que poderiam estar na rua têm a oportunidade de desenvolver a criatividade e a imaginação. Agora, elas podem ter um rumo na vida", avalia.

Entre as ações executadas pelo programa, estão atividades relacionadas ao meio ambiente, cidadania, música, esporte e artes. A aluna Maria Fernanda Nogueira Afonso Oliveira, 9 anos, conta que suas aulas preferidas são as de artes, enquanto o seu colega, Vinicius dos Santos Pereira, 10 anos, tem um gosto maior pela leitura. "A escola me incentiva muito a ler", pontua. Na abertura do evento, um grupo de meninas caracterizadas de abelhas fez uma apresentação de dança, enquanto no decorrer do seminário, as crianças presentes foram encaminhadas para uma sala à parte a fim de participar de atividades de recreação ministradas por estagiários da FCT/Unesp.