A expectativa para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021, segundo o professor de ciências humanas, Heitor Ribeiro , é sempre de uma prova que conecte o cotidiano do aluno com as questões e linguagens e ciências humanas. Ele, que também é sócio-fundador da plataforma “Não Perca a Cabeça” (naopercaacabeca.com.br), que oferta preparação para o Enem e vestibulares, e atua no podcast “Corrente do Enem”, o primeiro com conteúdo preparativo para o exame no Brasil, orienta estudar até este sábado – no máximo –, pois o certo é começar a desacelerar uma semana antes e deixar apenas para aulões e revisões finais os últimos momentos pontuais de estudos.
Já para o dia da aplicação do exame, Heitor destaca que cada um tem que começar da maneira que se sente mais confiante, uma vez que o aluno tem que criar uma autonomia com estratégia própria que mais se adeque aos seus estudos na resolução da prova. “Eu farei o Enem esse ano. Gosto de começar esboçando a redação, depois faço ciências humanas, que é mais fácil para mim, e termino com linguagens”, comenta. “No segundo dia vou de natureza e, por fim, exatas. Mas é muito pessoal isso, não existe receita perfeita. Cada pessoa tem que se conhecer. Por isso existem os simulados, além de ser ideal fazer o Enem desde o 1º ano para ir se preparando e buscando o melhor método”, acrescenta.
Neste ano, alguns assuntos podem marcar presença obrigatória nas questões, adianta Heitor. Em uma análise, destaca que “algumas coisas foram retiradas das provas nos últimos anos”, como “Brasil após 1930”, por exemplo. Portanto, cobra-se mais “Brasil Colônia” e “Império”. Questões atuais, contextualizadas e interdisciplinares também sempre marcam presença na avaliação.
Já quanto ao tema da redação, adianta que provavelmente será um assunto “que não dê muita abertura para grandes críticas governamentais”. O tema, segundo ele, também é sempre muito aguardado, porque traz um problema nacional para o debate. “Esse ano há um pouco de incertezas por causa das intervenções do governo no Inep”, detalha. “É muito complexo arriscar palpites. Pode ser questões ligadas aos adolescentes, como o uso de tabaco e álcool. Questões ligadas à violência com os idosos. Violência contra os animais. Pode ser algo do eixo educação também, como analfabetismo funcional ou a pouca leitura no país. Enfim, temas que pressionem na resolução mais a sociedade do que o governo”, considera.
Recentemente, alguns servidores relataram tentativa de interferência no conteúdo das provas e se demitiram às vésperas do primeiro dia do exame. Em nota, o MEC (Ministério da Educação) informa que o cronograma de execução do Exame Nacional do Ensino Médio 2021 está mantido e não será afetado pelos pedidos de exoneração de servidores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). “As provas do exame já estão prontas, armazenadas em sigilo e o Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade de sua execução”.
Cabe esclarecer, segundo a pasta, que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no DOU (Diário Oficial da União).
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Professor orienta iniciar a prova da maneira que o aluno se sentir mais confiante
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