No mês da criança, uma parceria do FPETI-PPR (Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Presidente Prudente) com o Prudenshopping trará de volta para o oeste paulista a exposição "Um mundo sem trabalho infantil", que retrata as piores formas de exploração ilegal da mão de obra de crianças e adolescentes.
Localizada próxima à entrada do Carrefour, dentro do Prudenshopping, a iniciativa terá início nesta quarta-feira, em alusão ao Dia da Criança, celebrado em 12 de outubro, e permanecerá à disposição do público, de forma gratuita, até o dia 31 de outubro, durante o horário de funcionamento do shopping.
Segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho), o objetivo é conscientizar a sociedade de que é preciso, com urgência, exigir o respeito aos direitos desses jovens, conforme estabelece a legislação brasileira, sobretudo a Constituição Federal e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Realizada pela primeira vez em 2016, na sede do Fórum Trabalhista de Prudente, a exposição integrava o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, instituído pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) e pelo CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho). Agora, a iniciativa abrange as ações do FPETI-PPR, que integra a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego, a Prefeitura de Prudente, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) da cidade, dentre outros participantes.
Na mostra, documentos históricos, fotografias e cópias de peças processuais retratam como ainda hoje, no Brasil, quase 2 milhões de crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos são submetidos a expedientes extenuantes, muitas vezes nas piores formas de trabalho infantil, em carvoarias, lixões, empregos domésticos e outras formas de exploração.
O problema, entretanto, vai muito além de trabalhos perigosos e insalubres, incluindo atividades criminosas como escravidão, abuso sexual e prostituição infantil, como a exposição também revela. O público poderá ainda conhecer o que está sendo feito na luta pela erradicação do trabalho infantil.
Visualmente, a mostra é dominada por 21 painéis, com destaque para o maior deles, de 10 m x 1,8 m, traçando uma "linha do tempo" do trabalho infantil no país. Completam o acervo outros dois de 2,1 m x 2,1 m e 18 de 2,1 m x 0,9 m.
