Extintor ABC continua em falta no mercado

Além disso, informa que possui uma lista de espera de, mais ou menos, 400 pessoas.

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 27/03/2015
Horário 08:46
 

Praticamente três meses após o uso do novo modelo ser obrigatório, os extintores ABC continuam em falta no mercado prudentino. No entanto, comerciantes do segmento dizem que a procura segue intensa, mas a oferta, assim como ocorreu no início do ano, "ainda não cobre a demanda". Os revendedores acreditam que leve um ano para regularizar a situação. Outro ponto informado pelos representantes é a diferença de valores encontrada por diversas regiões do país. O preço considerado normal do equipamento gira em torno de R$ 100, contudo, segundo os comerciantes, tem quem revenda a até R$ 235.

Com a falta do item no mercado, conforme O Imparcial noticiou ontem, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) prorrogou, pela segunda vez, ou seja, por mais 90 dias, a exigência para o ter o equipamento nos veículos. A data limite para a troca do antigo modelo BC pelo atual ABC segue até 1º de julho.

Segundo o proprietário da revendedora Ao Rei dos Extintores, em Prudente, Paulo César dos Santos Bergara, diariamente, entre 40 e 50 pessoas vão até o comércio para adquirir o equipamento, fora os clientes que ligam para saber se a loja possui o item. Além disso, informa que possui uma lista de espera de, mais ou menos, 400 pessoas.

Bergara diz que tem recebido o produto semanalmente, mas que o número não atende a procura. "O estoque finaliza rapidamente. A quantidade disponibilizada não supre a demanda", esclarece. O proprietário diz que, no momento, disponibiliza o equipamento para os clientes da lista.

Como o produto ainda segue em falta, o comerciante diz que é preciso que as pessoas fiquem atentas com "exploradores". Isso porque, segundo expõe, o equipamento, que é comercializado, em média, a R$ 100, pode ser encontrado por até R$ 235. "Há quem não trabalhe com a venda de extintores, mas que tem comprado o produto somente para revendê-lo por um valor superior ao praticado no mercado", alerta.

O sócio da Máster Extintores, Luis Henrique Ferreira das Neves, por sua vez, confirma que já viu lugares revendendo o extintor ABC a até R$ 180, subindo em muito o valor real da comercialização. "O máximo é R$ 100. A pessoa tem que ficar atenta a isso", frisa. Sobre a situação, ele acredita que a produção que é disponibilizada no mercado não atinja 1% da procura. "Acho que vai levar um ano pra resolver tudo", considera.

 

Opinião

Para a cabeleireira Eliana Alcanto, 38, o Contran agiu de maneira correta ao prorrogar o prazo para que as pessoas adquiram o item. "A população não pode pagar pelo erro dos outros, já que o equipamento não está disponível para ser comprado", frisa.

Mesmo possuindo o extintor desde outubro, o motorista Luis Moreira, 49, diz que viu muitas pessoas "correndo atrás" do item de segurança, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele explica que faltou organização do governo, que não estruturou o mercado antes de exigir o equipamento. "Tinha que falar com os fabricantes e informar, ainda mais, a população", ressalta.
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