Felicidade foi o tema do segundo talk show da semana na Monalisa Joias. O evento reuniu a empresária e especialista em Psicologia Positiva, Alessandra Mattar, e as empresárias Mônica Hial, do Empório Real, e Dirce Zamora, da Monalisa, para uma profunda discussão sobre bem-estar, saúde mental e os pilares de uma vida feliz. O encontro, que contou com a participação ativa do público convidado, abordou desde a ciência por trás da felicidade até os desafios modernos impostos pela era digital.
A discussão começou com a premissa de que a felicidade pode ser ensinada e aprendida. Um dos pontos centrais foi a importância de sorrir, mesmo quando não se sente vontade. "Quando a gente estiver triste, vamos sorrir no espelho, tá? Porque você está mandando uma mensagem para o cérebro que a gente aprende a ser feliz", explicou Alessandra Mattar. A ciência, segundo ela, comprova que o ato de sorrir libera hormônios de bem-estar e ajuda a baixar o cortisol, o hormônio do estresse, sendo um exercício fundamental para encontrar a felicidade.
Além do sorriso, foram destacadas práticas essenciais para o bem-estar: dormir bem (não necessariamente muito, mas com qualidade) e praticar exercícios físicos, como musculação e corrida. "Não tem jeito, não tem outro, não tem para onde ir, né? Porque a gente vai pagar o preço por isso", enfatizou Monica Hial, ressaltando a inevitabilidade de cuidar do corpo. A felicidade, assim como o sucesso, exige uma "base" sólida, que pode incluir desde a prática de ginástica diária até a manutenção de relacionamentos saudáveis.
O poder da energia e das palavras também foi um tema recorrente. Experimentos científicos, como o da água e o da planta, foram citados pela participante Luciana Lisboa, para ilustrar como a energia positiva ou negativa pode impactar o ambiente e, por extensão, a própria pessoa. A ciência moderna, através de exames super modernos, demonstrou, segundo Luciana, que "se você transborda em favor de outra pessoa, você vai ser mais feliz", reforçando que ajudar o próximo não beneficia apenas quem recebe, mas também quem doa.
A importância de "sair desarmada" e de manter uma vibração positiva ressaltada por Monica Hial, pois a energia negativa atrai coisas ruins, enquanto a boa vibração atrai o bem. A necessidade de agradar a si mesmo foi enfatizada, com uma participante compartilhando a experiência de ser ignorada por um vendedor de carros de luxo por sua aparência, o que a levou a refletir sobre a importância de fazer coisas por si mesma.
A conversa não se esquivou de temas delicados, como a depressão. Mônica Hial compartilhou sua experiência pessoal, revelando ter enfrentado um período de depressão há dez anos, que a deixou "um ano e meio de pijama dentro de casa" e resultou em um ganho de 30 quilos. A superação veio com a compreensão de que era uma doença e a decisão de "acordar" e buscar a felicidade ativamente, mesmo nos dias mais difíceis, reconhecendo que a felicidade não "bate na porta" e exige esforço diário.
A internet foi apontada por Mônica como um "grande problema na vida das pessoas", especialmente para adolescentes, que tendem a comparar suas vidas com o que veem nas redes sociais, sem a base de esforço necessária para alcançar seus objetivos. A preocupação com a saúde mental das novas gerações foi palpável, com o alarmante dado de que o autoextermínio em crianças de 9 a 14 anos triplicou.
Para criar crianças felizes em um mundo digital, a recomendação é focar no simples e na base emocional. "Ensinar eles a olharem pro sol, ensinar eles a olharem, cumprimentar uma pessoa que está passando na rua, mesmo sendo morador de rua, olhar pro outro com um pouco mais de encanto, de amor", sugeriu uma mãe, destacando a importância de acompanhar de perto o uso da internet e seus perigos, como jogos que incentivam a automutilação, citando o caso de um filho de amiga que se automutilava devido a esses jogos. A imaginação das crianças, apesar de terem mais acesso a brinquedos e tecnologias, fica "muito mais triste", pois elas têm "tudo e não têm nada", reforçando a necessidade de ensinar a contemplar o simples.
O talk show também trouxe reflexões sobre sabedoria de vida. Alessandra Mattar ressaltou a importância de ser autêntico e não se deixar levar pela opinião alheia foi um ponto crucial. "95% das pessoas que vocês deixam de fazer alguma coisa por causa da opinião delas, depois de uma semana que vocês morreram, essas pessoas nunca mais lembrarão de vocês", provocou uma das mediadoras, incentivando o público a perseguir seus sonhos e desejos sem medo de julgamentos. Uma participante compartilhou sua própria experiência de ter deixado de viajar com amigas por anos devido à opinião de seu ex-marido, percebendo que ela mesma paga suas viagens e não precisa de permissão, questionando "por que eu fico triste, gente?".
A espiritualidade foi apresentada como uma das grandes causas de felicidade, independentemente da religião. "Família que tem estrutura com Deus, a família é mais estruturada, as pessoas são mais felizes, com certeza", afirmou uma das participantes, que compartilhou sua própria jornada de superação de traumas familiares profundos, incluindo o suicídio do pai e a tentativa da mãe, e sua própria depressão, encontrando na fé a força para sair do "fundo do poço". Ela enfatizou que cuidar de si, mente e corpo, é um "presente de Deus" e não uma futilidade.
Por fim, a gentileza, a paciência e a sabedoria adquirida com a idade foram destacadas como virtudes essenciais, por Dirce Zamora. "Gentileza gera gentileza. Não adianta você ficar revoltada, relaxada, danada", disse uma das palestrantes, enquanto outra acrescentou: "As coisas vêm exatamente no seu tempo, às vezes não é no seu tempo, mas quando elas realmente terminam." A importância de escutar o próprio corpo e suas necessidades, como o desejo de ficar quieto em momentos de tristeza, também foi mencionada. O evento encerrou com a mensagem de que a felicidade é uma construção diária, que exige autoconhecimento, cuidado e a coragem de viver plenamente, sem se prender a opiniões alheias.
Alessandra Mattar: “O ato de sorrir libera hormônios de bem-estar e ajuda a baixar o cortisol, o hormônio do estresse, sendo um exercício fundamental para encontrar a felicidade”
A gentileza, a paciência e a sabedoria adquirida com a idade foram destacadas como virtudes essenciais, por Dirce Zamora
Luciana Lisboa: “Ajudar o próximo não beneficia apenas quem recebe, mas também quem doa”
A internet foi apontada por Mônica Hial como um "grande problema na vida das pessoas", especialmente para adolescentes, que tendem a comparar suas vidas com o que veem nas redes sociais
