Festas clandestinas: uma irresponsabilidade

OPINIÃO - Coronel Alvaro Camilo

Data 08/05/2021
Horário 05:00

Uma irresponsabilidade! Essa é a melhor forma para definir o que está acontecendo em São Paulo, onde algumas pessoas, mesmo neste momento crítico da pandemia, insistem em se aglomerar em festas clandestinas. Todos os dias, vidas são colocadas em risco pelos indivíduos que, espontaneamente, desafiam as necessárias medidas sanitárias, compartilhando narguilés e bebidas alcoólicas, sem respeitar o devido distanciamento social e o uso de máscaras.
Acabamos de sair da fase emergencial do Plano São Paulo, com restrições mais rígidas para conter a epidemia, enquanto a vacinação avança para toda a população. São Paulo superou a lamentável marca de 2,9 milhões de casos de Covid-19, com mais de 99 mil vítimas fatais. Em todo o Brasil, já são mais de 15 milhões de casos e mais de 417 mil mortes.
Em São Paulo, mais de 20 mil pessoas estão internadas. O colapso total dos sistemas de saúde e funerário só não ocorreu graças à ação responsável de prefeitos e do governador João Doria para colocar mais leitos em funcionamento. 
O governador João Doria ainda criou o Comitê de Blitze, que é uma força-tarefa integrada pelas polícias Militar e Civil, Guarda Civil Metropolitana, Vigilâncias do Estado e municípios, Procon e órgãos de Saúde. 
Entre 26 de fevereiro e 12 de abril, a força-tarefa encerrou 1.388 eventos e/ou festas clandestinas, realizou mais de 1 milhão abordagens de pessoas e mais de 120 mil dispersões. 
Com a intensificação do policiamento, os agentes de segurança apreenderam 13,5 toneladas de drogas, efetuaram 1.681prisões, 109 apreensões de adolescentes e capturaram 3.413 foragidos da Justiça. Também foram vistoriados cerca de 2 milhões de veículos, sendo que 17.384 unidades, produtos de roubo e furto, foram localizadas.
É lamentável constatar, ainda, que a maioria dos que desafiam as normas sanitárias é formada por jovens, que, em tese, têm maior resistência à doença. Porém, quando contaminados, levam o vírus e o risco de morte para dentro de suas casas. Esse comportamento pequeno e egoísta coloca a diversão acima das vidas de pessoas queridas e colabora para o surgimento de novas variantes do vírus, que podem ser ainda mais perigosas. 
A compreensão da gravidade da situação e a colaboração de todos são essenciais para enfrentarmos essa crise salvando vidas e preservando a atividade econômica. Seja responsável, não organize e não participe de eventos que possam gerar aglomeração e transmissão do vírus. Colabore denunciando ocorrências nos canais oficiais e, se possível, fique em casa. Só assim poderemos retomar a nossa rotina de antes.
 

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