Fonte da Praça Nove de Julho ganha novas cores e desenhos

Com temática do fundo do mar, monumento foi revitalizado pelo artista plástico, Cido Oliveira, além de outros voluntários, e equipado com 26 pontos de iluminação; reinauguração ocorre hoje

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 08/09/2021
Horário 14:41
Foto: Fotos: Patrícia Namí
De dia ou de noite, Cido Oliveira pintou um a um os desenhos utilizando pincéis
De dia ou de noite, Cido Oliveira pintou um a um os desenhos utilizando pincéis

Um pedacinho do mar a céu aberto no meio da Praça Nove de Julho, no calçadão, em Presidente Prudente! Onde? Na fonte! Isso mesmo! Com cores vivas, ela ganhou diferentes desenhos com temática do fundo do mar, feitos pelo artista plástico, Cido Oliveira. Tem tartaruguinhas, peixinhos, peixe leão, golfinhos e muita iluminação. A reinauguração ocorreu na noite de hoje, a partir das 19h.
O artista explica que o convite do trabalho veio diretamente do prefeito Ed Thomas para que ele fizesse a restauração e revitalização da fonte, com o trabalho também de outros voluntários, como parte das comemorações da Semana de Aniversário da cidade, celebrado em 14 de setembro. Ela foi equipada com 26 pontos de iluminação, garantindo a característica de “luminosa”.
Segundo Cido, a princípio a ideia era fazer um trabalho que a deixasse melhor do que estava e pensou-se então em algo abstrato com cores variadas. Nesse meio tempo, ele começou a pensar: água, água é vida, poderia fazer algo que chamasse a atenção das crianças, então projetou o fundo do mar com os seus “moradores” que tanto os pequenos adoram e colocou no papel. Apresentou o layout ao pessoal da Secult (Secretaria Municipal de Cultura), responsável pelo trabalho, que adorou. 
Ele menciona que quando pensou nas crianças, pensou na inocência, na simplicidade delas. E porque aquele lugar precisa do público de volta. E nada melhor do que a criança para levar o adulto para os bons lugares. E enquanto ele estava ali trabalhando, ouvia tantas histórias, pessoas que passavam e comentavam que a fonte era o único lazer que tinham quando os filhos eram pequenos. Ou que foi ali que conheceram os seus cônjuges.
“Esse trabalho pra mim é gratificante demais. Não falo financeiramente porque para o artista quando pega algo assim é o seu nome e outra a minha história. Já pintei tanto essa praça, essa fonte, a Catedral São Sebastião em telas. Revitalizar, restaurar essa fonte agora tem um valor que ninguém imagina a dimensão que é pra mim”, emociona-se Cido Oliveira.

Amor pelo que faz

O artista relata que ficou extremamente emocionado em fazer esse trabalho, de noite ou de dia, debaixo de um sol escaldante, porque é um prazer enorme! Quando ele soube que ele fora escolhido pra este trabalho simplesmente não conseguiu dormir. Porque ele gosta tanto de arte, de pintura. 
“Dinheiro, a gente precisa, é necessário, ainda mais nesse mundo em que vivemos. Mas, quando comecei pintar não pensava em dinheiro fazia por amor mesmo. E mesmo tendo passado tanto tempo continuo pintando com o mesmo pensamento. Quando um projeto é apresentado a mim o meu coração acelera, eu sinto os meus olhos marejarem. E tudo que pego pra fazer gosto de fazer bem feito. E sempre estou reclamando porque acho que poderia fazer melhor [risos]”, frisa o artista.

Técnicas utilizadas

Quem acompanha o trabalho de Cido Oliveira sabe que ele utiliza a técnica do espatulado em suas telas de impressionismo. E na fonte ele fez tudo em pincel. Mas desde que ele começou a pintar lá quando era um garotinho, foi com o pincel até 2003 quando então ele iniciou o espatulado. Nos cursos que ele ministra também ensina com pincéis, ou seja, não teve problema algum quanto a isso.
A dificuldade mesmo segundo o artista foi quanto aos materiais utilizados. Primeiro em relação à agua e por ter bastante cloro, afinal é necessário. Então embora ele tenha usado tintas simples, depois foi feito um acabamento com um tipo de verniz para proteger tanto da água que escorre e enche a linda fonte, quanto dos raios solares.
O artista plástico contou com especiais ajudantes: Mauro Arantes, Henrique Moura, Luis Carlos Oliveira, Rafaele Moura Oliveira, Patrícia Ito Moura e Claudemira Ito.

 

“Esse trabalho pra mim é gratificante demais. Não falo financeiramente porque para o artista quando pega algo assim é o seu nome e outra a minha história. Já pintei tanto essa praça, essa fonte, a Catedral São Sebastião em telas. Revitalizar, restaurar essa fonte agora tem um valor que ninguém imagina a dimensão que é pra mim”, emociona-se Cido Oliveira.

 

Fotos: Patrícia Namí

Cido estava certo: antes mesmo de terminar, os desenhos chamaram a atenção das crianças


 
“Já pintei tanto essa praça, essa fonte, a Catedral São Sebastião em telas!”, exclama Cido


Os olhos sob as luzes da noite atrás das lentes dos óculos dão o comando às mãos que vão dando formas aos moradores do fundo do mar!

Publicidade

Veja também