Depois de conseguir boas vendas com seus negócios, um rico empresário, para comemorar, resolveu dar uma festa em sua mansão em um bairro nobre da cidade. Claro, milionário não constrói casa chique na periferia. Ele contratou orquestra, um grupo folclórico do leste europeu e, claro, alguns garçons de um sofisticado restaurante francês.
Quando deu coisa de nove da noite os convidados começaram a chegar. Aliás, dezenas de convidados para a festa de arromba, como diz o verso do rock "Festa de Arromba", de Erasmo Carlos. Maior alegria. A noite prometia.
E sabem como é: o que não falta numa festa é bebida, ainda mais quando o anfitrião é rico. Além da bebida, um fuminho e um pozinho branco também ficam à disposição dos interessados. Sem perigo. A polícia não vai nesses lugares. Não incomoda os ricos.
Entre os garçons, dois não se davam bem. Brigavam por qualquer besteirinha. Um deles foi escolhido para servir bebidas aos convidados, enquanto o jantar estava sendo preparado por um renomado chef francês.
O garçom carregava uma bandeja com doses de uísque e vodca. Ele circulava entre os convidados e perguntava: "Bebida, senhor?" Quando a pessoa recusava a bebida, o garçom dava uma olhadinha para os lados e, sorrateiramente, bebia a dose.
Muitos convidados abriam mão das doses oferecidas pelo garçom. E o que ele fazia? Enchia a cara. Bebeu pra cachorro e ficou mais bêbado do que gambá. Ao perceber que a situação já beirava o vexame, o outro garçom chamou a atenção do sujeito: "Te manca! Fica na cozinha", aconselhou.
Conselho não acatado e o garçom continuou oferecendo bebida aos convidados. "Bebida, senhor?", dizia já com a voz pastosa. Quando era mulher, sapecava: "Bebida, senhora?". Nem sempre o senhor e a senhora aceitavam as doses, ingeridas depois pelo garçom.
Havia uma piscina interna na casa e, ao passar pela beirada com sua bandeja, o garçom se desequilibrou e caiu na piscina. Vestidos das madames e ternos dos bacanas ficaram encharcados. Obras de arte foram atingidas pela água e, pior, a iluminação da casa apagou.
Apesar do estrago causado pelo garçom bêbado, o anfitrião não se abalou. Apenas recomendou sarcasticamente: "Cuidado com as joias!" Depois de tirar a gravata borboleta e deixar o charuto de lado, o empresário foi taxativo e não taxador, como o Trump: "O Pierre me paga. Vou almoçar e jantar de graça por dois anos no restaurante", disse referindo-se ao dono do restaurante francês que lhe emprestou o garçom trapalhão.
DROPS
Quem quer mudar o mundo deve estudar o comportamento da humanidade.
Pior do que entrar numa fria é entrar num iceberg.
Classificado: vende-se hotel por falta de hóspedes.
Eu não sou nada.
(Papa Francisco, num gesto impressionante de humildade)
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