Gol suspende operações em Prudente

Medida temporária, causada pela preocupação com o Covid-19, já havia sido tomada pela Azul Linhas Aéreas desde segunda-feira; voos retornam em maio e junho, respectivamente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 28/03/2020
Horário 04:57
Arquivo - A partir de hoje aeroporto de Prudente não contará, temporariamente, com voos comerciais
Arquivo - A partir de hoje aeroporto de Prudente não contará, temporariamente, com voos comerciais

A partir de hoje as operações da Gol Linhas Aéreas, no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, estão suspensas. A medida, que também havia sido anunciada pela Azul Linhas Aéreas na semana passada - e que está em vigor desde segunda-feira no município - tem como consequência as preocupações com a pandemia causada pelo Covid-19, o novo coronavírus, e faz com que, temporariamente, não haja voos comerciais na maior cidade do oeste paulista. 

Em comunicado, a Gol aponta que em resposta à crise da saúde pública, e à nova demanda por transporte aéreo em tempos de isolamento domiciliar e distanciamento social, a companhia promove, em caráter temporário, a readequação de sua malha doméstica a partir de hoje e se estendendo até 3 de maio. “Durante esse período, a Gol manterá as operações para as capitais, enquanto as regionais e internacionais regulares estarão suspensas”.

A Gol informou à reportagem ainda que, zelando pelo compromisso com seus clientes e com todas as pessoas que precisam viajar ou transportar itens essenciais neste momento, manterá em operação até o dia 3 de maio uma malha essencial de 50 voos diários, que conectará todos os Estados brasileiros a partir do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. Nenhum deles, no entanto, parte de Prudente. “Essa nova malha aérea temporária resulta na redução da oferta da Gol, desde o início da crise do Covid-19, de 92% nos mercados domésticos e 100% nos internacionais”.

PERÍODO DIFÍCIL,

MAS NECESSÁRIO

Para o diretor regional da Aviesp (Associação das Agências de Viagens do Interior de São Paulo), Marcos Antonio de Carvalho Lucas, esta é uma medida de prevenção e proteção para as empresas aéreas, visto que um “avião voando” sem os requisitos mínimos necessários para a operação pode levar qualquer empresa à falência. “São ações que precisam ser tomadas, por não terem outra saída. O avião levantando voo tem custos caríssimos”, aponta.

Marcos aponta que alguns fatores podem adiantar a volta dos voos comercias à região, como uma eventual adequação ao decreto estadual que determina a quarentena nos municípios, e ressalta que a suspensão das atividades no aeroporto local atrapalha as negociações que estavam em curso, como o processo de concessão e a vinda de novas companhias ou novos destinos para a cidade.

MEDIDA JÁ TINHA

REFLEXOS EM PP

Na semana passada, a Azul Linhas Aéreas confirmou à reportagem que suspenderia as operações a partir de segunda-feira no aeroporto do município. A medida, que já está em vigor e segue até o dia 30 de junho, havia sido tomada em virtude da queda na demanda gerada pela propagação do vírus. Ao todo, a companhia está reduzindo a capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março e entre 35% a 50% em abril e meses seguintes até que a situação se normalize.

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