Greve dos bancários contabiliza 7 dias

REGIÃO - Alana Pastorini

Data 25/09/2013
Horário 09:39
 

A greve dos bancários contabiliza hoje sete dias em Presidente Prudente e região e, das sete instituições bancárias com agências em Prudente, apenas a do Bradesco não aderiu à paralisação. O motivo, segundo o sindicato da classe, é que os funcionários "estariam sendo coagidos a não participar". Do total de 1,2 mil bancários da região, 88% se engajaram na causa. A greve continua por tempo indeterminado.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente, Edmilson Trevizan, estima que a suspensão dos serviços possa durar até a próxima semana. "A classe patronal ainda não nos procurou, portanto, a greve continua por prazo indeterminado. Ontem, mais algumas agências das cidades de Rancharia e Martinópolis também se mostraram a favor da causa e paralisaram os serviços", pontua. Conforme noticiado por O Imparcial, a pauta de negociações pede aumento salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da inflação, Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15, e mais contratações profissionais.

Em nota, Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclarece que não há nenhuma rodada de negociação marcada e que aguarda posição do sindicato sobre a proposta global contendo reajuste salarial de 6,1%, que corrigirá salários, pisos e benefícios. A federação também foi procurada para falar sobre a não adesão das agências do Bradesco, contudo, até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada à Redação.

A estudante Mariana Ferreira, 17 anos, tem um boleto bancário vencido há mais de uma semana e não consegue efetuar pagamento. "Como é acima de mil reais, as lotéricas não aceitam e no caixa eletrônico também não consigo pagar. Essa situação é complicada, os bancários fazem greve reivindicando melhores salários, mas quem paga os prejuízos somos nós, clientes", reclama.

Para a auxiliar de escritório Lisandra Neves, 19 anos, a paralisação possui prós e contras. "Eu apoio a paralisação, mas desde que seja feita de forma não prejudicial a população e nos últimos anos não é que vemos", ressalta.

 

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