Hospital veterinário promove ação contra leishmaniose em PP

Para prevenir, recomenda-se manter os quintais limpos, colocar a coleira no animal, como também aplicar a vacina – além de plantar citronela, que é uma planta repelente.

PRUDENTE - Arize Juliani

Data 28/06/2015
Horário 08:55
 

Ação promovida pelo Hospital Veterinário São Manuel, em Presidente Prudente, resultou na doação de 76 coleiras scalibor – uma das principais ferramentas que impede o contato do mosquito-palha, que é transmissor da leishmaniose visceral canina, cujo contágio ocorre através da picada do agente transmissor no animal. O médico veterinário Emerson Ribas, explica que o uso da coleira é recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo ele, trabalhos científicos comprovam que o acessório colabora com a diminuição da incidência da doença que atinge não somente animais, mas também humanos.

Jornal O Imparcial
Coleiras foram direcionadas para animais menos favorecidos

Conforme o profissional, a leishmaniose é uma zoonose transmitida pelo mosquito-palha, que preferencialmente fica alojado em ambientes úmidos, como bueiros e bocas-de-lobo – além de locais que possuam material orgânico. Entre os sintomas mais aparentes, estão as lesões de pele, descamação, aumento do volume abdominal e crescimento exagerado das unhas. Em contrapartida, muitos portadores não apresentam essas características em razão da doença assintomática, por isso, o médico veterinário recomenda que todos os cães façam o exame.

Para prevenir, recomenda-se manter os quintais limpos, colocar a coleira no animal, como também aplicar a vacina – além de plantar citronela, que é uma planta repelente. "Essa é uma ação que visa colaborar com os cachorros que são menos favorecidos, ou então pertencem a instituições que lutam pela causa da prevenção. É importante que os animais utilizem como forma preventiva da leishmaniose, que é uma doença que pode causar a morte tanto do cachorro, como do ser humano".

Como noticiado recentemente em O Imparcial, a situação no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) em relação à leishmaniose visceral canina é complicada, em razão da falta dos kits de TR-DPP (teste rápido de dupla plataforma), que possibilita o diagnóstico da doença nos cães. O diretor do CCZ, Célio Nereu Soares, na ocasião, informou que 7,4 mil coletas de sangue estavam armazenadas no órgão. Em maio, o centro recebeu 400 kits, "número muito inferior ao necessário", como mencionou. Conforme noticiado em outubro, 7,8 mil coletas esperavam o exame, fato que, de acordo com Soares, impossibilita o combate e a identificação de possíveis casos da doença. A Secretaria do Estado da Saúde esclarece que o envio "ficou comprometido", devido à queda de 50% no repasse dos kits distribuídos pelo Ministério da Saúde.
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