HR promove roda de conversa para instruir profissionais sobre prevenção ao suicídio

Equipe multidisciplinar do hospital debateu fatores de risco e sinais de alerta que podem auxiliar na identificação de uma crise

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 21/09/2022
Horário 15:57
Foto: Weverson Nascimento/AI HRPP
Equipe conversou com profissionais sobre como identificar problema, tratar e instruir pacientes
Equipe conversou com profissionais sobre como identificar problema, tratar e instruir pacientes

O suicídio é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. No entanto, o conhecimento dos fatores de risco e os sinais de alerta podem auxiliar na sua prevenção. Alinhado a este mês de cuidado, o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo realizou, na manhã desta quarta-feira, uma roda de conversa sobre o Setembro Amarelo, com o tema “A vida é a melhor escolha!”. 

Para desmistificar a cultura e o tabu em torno deste tema e auxiliar os profissionais a identificar, tratar e instruir os pacientes, estiveram presentes no encontro profissionais da equipe multidisciplinar do PAI (Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental) do HR. A tribuna foi composta pela médica psiquiatra Gilmara Rister, o médico psiquiatra Alexandre Gigante, a assistente social Luciane Nascimento Silva, a terapeuta ocupacional Karina Borges, a psicóloga Jaqueline Sabino e a nutricionista Karine Coelho Fernandes. 

A médica psiquiatra e coordenadora do PAI, Gilmara Rister, explica que o suicídio é algo que os profissionais de saúde aprendem a identificar se capacitando, mas também treinando o olhar para a empatia, que seria a capacidade de perceber como o indivíduo está encarando seus momentos de crise. “Costumamos dizer que entramos em crise, em surto, quando estamos passando por algum problema. Mas alguém que está passando por uma cirurgia, uma doença grave, seja com ela ou a família, também está em uma situação desestabilizadora da vida”, explica. “Ninguém comete suicídio de uma hora para outra, ele vem de uma situação desestabilizadora, de crise, em que os mecanismos de defesa já estão se esgotando”, acrescenta. 

Ainda segundo a médica psiquiatra, o risco de suicídio pode não ser para o resto da vida, uma vez que o indivíduo pode encontrar mecanismos para dar conta de determinadas fases, seja por meio de apoio profissional, familiar ou de amigos. “Por isso, é importante nos capacitarmos para saber como identificar o que determinada pessoa está precisando e como modificar aquele momento de crise pelo qual está passando. Ou seja, como eu vou capacitá-lo, fortalecê-lo para que ele saia daquele momento”, reforça. 

Além da roda de conversa, o Hospital Regional também realizou panfletagem com informativos sobre como prevenir o suicídio e como buscar ajuda. 

Saúde mental

O HR abriga a primeira unidade do PAI do interior paulista e a terceira do Estado de São Paulo. O PAI está em funcionamento desde maio de 2010 e oferece toda a assistência necessária por meio de quatro serviços básicos: ambulatório de especialidades psiquiátricas, unidade psiquiátrica de hospital geral (enfermagem adulto e infantil), a emergência psiquiátrica e o serviço de interconsulta psiquiátrica. 

Caminhada pela Vida

Neste sábado, às 8h, como forma de alertar sobre a importância da prevenção de suicídio, ocorrerá a “Caminhada pela Vida”. A ação terá início na Avenida 14 de Setembro, no Parque do Povo (próximo às quadras cobertas), e irá finalizar na Praça do Centenário. A caminhada é uma iniciativa da Liga Universitária de Psiquiatria da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e a residência médica de psiquiatria, e conta com apoio do HR e do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Presidente Prudente. 

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