Todos sabem: ponto de ônibus é onde os passageiros embarcam e desembarcam, como é óbvio. Agora, você aí, sente o drama, como dizia o Stanislaw Ponte Preta, nosso cronista maior. Aconteceu na última terça-feira. O tempo estava nublado e ameaçava chover a qualquer momento.
Num ponto de ônibus na Rua das Palmeiras, em Prudente, "passageiros estranhos" estavam no local. Alguns marcianos? Não, nenhum extraterrestre. Debaixo da cobertura de concreto havia três animais de bom porte. Um cavalo e duas éguas.
Com os eqüinos (palavra estranha) estavam dois homens. Ao ser questionado por um senhor que passava pelo local, um dos homens, que atende pelo nome de Michael, explicou que parou a "tropa" no ponto para "tomar uma no bar do Osmar", estabelecimento que fica em frente à parada de ônibus.
O cavaleiro admitiu que poderia amarrar os animais em outro local para não prejudicar os passageiros. Assim iriam despreocupados ao bar para tomar "aquela que matou o guarda e toda a corporação". Diante da possibilidade de chover, o sujeito explicou ao transeunte que ele e seu amigo permaneceriam no ponto com o cavalo e as éguas. "Pelo menos tem a cobertura e a gente não se molha tanto", explicou, com um sorriso maroto que mostrava dentes que precisam de um dentista até com certa urgência.
O cavalo e as éguas pareciam cansados e melancólicos talvez por causa da viagem que fizeram (um freguês do bar do Osmar contou que eles são de Álvares Machado). Eram pangarés, a julgar pelo tamanho deles. Dava pena. Tanto o cavalo como as éguas eram animais pequenos. "São potros?", quis saber o senhor mencionado acima. "Não, é tudo "véio", contou o Michael.
Com aquela aparência, talvez por falta de alfafa argentina, o cavalo e as duas éguas davam a impressão de que necessitam de cuidados especiais e de uma merecida "aposentadoria". De vez em quando poderiam sair correndo livres e soltos pelas pradarias, sem parar em ponto de ônibus.
DROPS
Para quem abusa da velocidade: 200 cavalos no motor e um burro ao volante.
Filme da Semana no Cine Brasil: "Barba, Cabelo e Bigode", estrelando grande elenco.
Em terra de cego quem tem um olho é chamado de Majestade.
Bom lembrar: eleição não é concurso de beleza.
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