Tu vens, tu vens eu já escuto os teus sinais.
Era o ano 63 a.C quando os impiedosos romanos tomaram a Judéia e invadiram Jerusalém. Os judeus vinham de vitória na guerra contra os macabeus e, enfraquecidos em todos os sentidos, renderam-se ao império roman o que os faria lembrar do tempo da escravidão no Egito e da época de exílio na Babilônia.
Tempos pandêmicos e de muito sofrimento ao povo hebreu na terra prometida.
Israel conhecia muito bem o vírus da servidão: trabalhar para que o colonizador coma do bom e do melhor; construir casas para que outros habitem; pagar altíssimos impostos; ter seus direitos suprimidos e, sobretudo, sua religiosidade profanada.
Mas, aguardava um rei que, desta feita haveria de extirpar o dominador, vacinar toda a população e torná-la imunizada, pois, afinal de contas, esse não era qualquer povo, mas a nação escolhida de Deus!
Você pode imaginar como o messias, Cristo (ungido), era aguardado em Israel, no marco zero de nosso tempo cristão? Para se ter uma ideia a respeito da época: as famílias ricas de Jerusalém, ao tomarem suas refeições, deixavam uma cadeira vazia e com todas as honras, para o rei dos judeus que deveria vir e acabar com o domínio romano sobre o povo.
Era essa a esperança do povo na palestina dos tempos de Jesus.
Então, nasce o rei em Belém.
Vindo de Nazaré sem nome importante, nenhum histórico de gente rica e poderosa, quaisquer vestimentas palacianas e, com uma marca de exclusão: refugiado. O rei Herodes ao saber de seu nascimento pelos astrólogos (estudiosos das estrelas), trata de exterminar todas as crianças nascidas na província judaica. Um anjo, então, aparece a José e diz: Levante, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito.
Como enxergar nesse Jesus de Belém, o menino galileu, o rei que deveria libertar o povo judeu do império romano e de todas as atrocidades cometidas, inclusive, total genocídio infantil?
O povo de Deus não viu os sinais na história. O tempo chegou e o messias estava ali, tão perto e tão longe de libertar aquela nação. Ele, Jesus, o messias prometido!
Na anunciação, linda visita de um anjo à Maria, antes de ser amada por José, a promessa foi firmada: você dará à luz a um menino que se chamará Jesus... O seu reino jamais terá fim (Lucas 1. 31 e 33). O Deus menino se intromete na nossa história e inicia um tempo de justiça, liberdade, esperança e paz!
O povo de Deus não viu os sinais na história. O tempo chegou e o messias estava ali, tão perto e tão longe de libertar aquela nação. Ele, Jesus, o messias prometido!
Mas, a estrela também anunciou o nascimento do menino em Belém e, de maneira magnífica, a epifania (manifestação divina) aconteceu: o povo que andava na escuridão viu grande luz.
As botas barulhentas dos soldados e todas as suas roupas sujas de sangue serão destruídas pelo fogo. Pois nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei.
Na simplicidade da vida, Deus nos mandou Seu filho, o Cristo vindo de Nazaré, nascido em Belém para habitar conosco e nos dar a verdadeira e singela existência.
