Justo, moderno e sustentável

OPINIÃO - Maria Constantino

Data 30/04/2022
Horário 04:30

Se me perguntarem o que mais desejo para Prudente ou para qualquer cidade, respondo sem hesitar: que ela seja justa, moderna e sustentável! Tais termos, porém, são inegavelmente amplos e abrangem uma multiplicidade de sentidos. 
Explico: Uma cidade justa é aquela construída por todos, e para todos. Justa no sentido de incluir a população que nela habita, oferecendo uma boa qualidade de vida. Isso abarca infraestrutura, serviços, lazer, mobilidade, equipamentos urbanos, segurança, entre outros. Os principais pilares de uma cidade erguida com base nesses aspectos seriam a garantia de uma educação de qualidade desde a maternidade até a pós-graduação; saúde de fácil acesso; transporte público eficaz; espaços públicos de lazer, e, por fim, segurança. 
Uma cidade justa é uma cidade na qual os habitantes, em especial os habitantes, possam andar sem medo.
Já a modernidade deve caminhar junto com a sustentabilidade. Quando digo moderna, digo no sentido de planejada, fácil. Podemos pensar em Xangai, a capital da China, como uma cidade moderna. Afinal, a urbe é um núcleo financeiro global, possui variados edifícios altos e espelhados, e é abundante em serviços tecnológicos. Mas será que é sustentável? Uma cidade que já precisou proibir escolas a realizar atividades ao ar livre por conta dos altos níveis de poluição não me parece sustentável. Inclusive, longe disso. A modernidade moderna, de verdade, deve se sustentar e conseguir manter a sua dinâmica a longo prazo.  
Hoje, o senso comum daquilo que é moderno ultrapassa os celulares com milhares de funções e prédios enormes. Considera-se moderno também um sistema de reaproveitamento de água da chuva, o telhado verde, o carro elétrico, as fontes de energia renováveis. E é assim que deve ser! Uma cidade moderna é uma cidade que conta com um equilíbrio entre os aspectos econômicos e socioambientais. Ela se transforma, se renova, mas sempre com planejamento e com políticas públicas que visam preservar os recursos naturais. Afinal, sem eles, não há modernidade, não há justiça, e nem há sustentabilidade, pois não há vida.
Em suma, os três aspectos que compõem a cidade que considero ideal se relacionam profundamente. Não se pode considerar moderna uma cidade desordenada, que não inclua todos, e menos ainda aquela que é insustentável. Uma cidade justa, por sua vez, deve oferecer aos habitantes serviços modernos. A cidade sustentável, por fim, precisa de tecnologia, precisa ser moderna, e deve levar em conta diversas necessidades, tanto humanas quanto ambientais.  
 

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