A partir da próxima segunda-feira, as prestadoras que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o licenciamento e ativação de estações de 5G em mais 13 municípios da região de Presidente Prudente, segundo deliberação ocorrida nesta quarta-feira, em reunião ordinária do Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz).
Foram contempladas as cidades de Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Caiabu, Flórida Paulista, Iepê, Indiana, Inúbia Paulista, Lucélia, Martinópolis, Nantes, Rancharia, Regente Feijó e Taciba.
A Anatel ressalta que a liberação da faixa não significa que redes do 5G serão disponibilizadas de imediato nas localidades: a instalação antecipada de estações de quinta geração nessas cidades depende do planejamento individual de cada prestadora.
A decisão tomada pelo Gaispi segue diretrizes do Edital do 5G e abrange municípios onde a EAF (Entidade Administradora da Faixa 3,5 GHz) já iniciou a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na banda C satelital para a banda Ku e concluiu as ações necessárias para a desocupação desta faixa por sistemas do FSS (Serviço Fixo por Satélite), tendo instalado os filtros para a mitigação de interferências em todas as estações do FSS impactadas.
Quem recebe as transmissões da TV aberta pela antena parabólica precisa adaptar o equipamento para evitar eventuais interferências. Inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) que recebem sinal da TV aberta por parabólica podem solicitar o kit gratuito para a adaptação do equipamento à Siga Antenado (sigaantenado.com.br), nome fantasia da EAF. É fundamental que seja realizado agendamento para a instalação dos novos equipamentos. Mais informações estão disponíveis no site da Siga Antenado. Também está disponível o telefone 0800-729-2404.
A Anatel explica que o 5G é o mais recente padrão tecnológico para serviços móveis. Entre os avanços esperados (em relação ao 4G), estão aumento das taxas de transmissão, ou seja, maior velocidade; baixa latência, o que implica na redução do tempo entre o estímulo e a resposta da rede de telecomunicações; maior densidade de conexões, isto é, aumento da quantidade de dispositivos conectados em uma determinada área; maior eficiência espectral, o que significa o incremento da quantidade de dados transmitidos por unidade de espectro eletromagnético; e maior eficiência energética dos equipamentos, redução do consumo de energia e, consequentemente, aumento da sustentabilidade.