Apresentações de grupos de dança de Presidente Prudente e região, cursos e lançamento de livro agitaram a quinta edição do Festival Adanpp em Movimento, que ocorreu no fim de semana em espaços da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). De acordo com uma das organizadoras do evento e professora da universidade, Dulce Cintra, mais de 12 grupos de diferentes cidades, somando cerca de 300 bailarinos, participaram das atividades.
Apresentação do grupo Ruas de Fogo abriu o evento
A abertura ocorreu na sexta-feira, no auditório Azaleia, campus II, com o lançamento do livro "O corpo ator", do bailarino Aguinaldo de Souza.
Com o tema "Fazendo da dança um movimento consciente e organizado", Cintra pontua que o objetivo é incentivar esta arte e formar o público para a dança. "O evento sempre foi sediado na Unoeste, e este ano conseguimos ampliar um dia de atividades e trazer ciência para os participantes", relata.
Para a presidente da Associação de Dança de Presidente Prudente, Beth Libório, o festival está cada vez melhor. "Os trabalhos são de qualidade, estamos conseguindo agregar mais atividades, fazendo do evento muito mais que somente uma competição de dança", ressalta. Ela afirma que o festival já faz parte do calendário da cidade, "pois os bailarinos esperam por ele".
Bailarino formado em Prudente, Souza conta que o livro foi produzido a partir de pesquisas. Explica que uniu suas experiências profissional e acadêmica, já que é mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), trabalhou como bailarino na Companhia Profissional de Balé de Londrina (PR) e foi ator amador durante muitos anos. As pesquisas começaram quando ele ingressou na Universidade Estadual de Londrina (UEL) para ministrar aulas de expressão corporal no curso de Teatro. "Passei a trabalhar a relação entre dança e teatro. Fiquei cinco anos com o grupo de atores, treinando e analisando essa relação, e nesse período fizemos espetáculos e finalizamos com a obra", conta.
Conforme Souza, o livro traz exercícios técnicos e respostas artísticas que foram desenvolvidas durante a pesquisa na UEL. "Pode contribuir muito com os bailarinos. Temos uma tradição no Brasil de realizar o movimento e não teorizar sobre o que estamos fazendo. As escolas de dança e os cursos, muitas vezes, não têm bibliografia para se apoiar".