Medida é bem-vista por motoristas cadastrados

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 01/08/2018
Horário 18:19
José Reis - Para Sérgio, há diferença entre públicos que usam serviços
José Reis - Para Sérgio, há diferença entre públicos que usam serviços

A princípio, motoristas da Uber se mostram satisfeitos com a iniciativa da Prefeitura de Presidente Prudente de regulamentar o serviço de transporte no município, uma vez que, segundo eles, oportuniza a profissionalização da atividade. O condutor Weverton Souza Bispo de Andrade, 28 anos, por exemplo, é cadastrado na plataforma há três meses e transformou o serviço em sua fonte de renda fixa. Para ele, a chegada do aplicativo na cidade possibilitou a geração de empregos para quem estava desligado do mercado de trabalho e com dificuldades de reinserção. “Tem muita gente que já vive do Uber e, assim como eu, obtém a sua renda por meio dele”, expõe.

No momento em que foi abordado pela reportagem, o motorista Jorge Luiz de Souza, 58 anos, ainda não tinha conhecimento integral dos itens previstos na medida, contudo, pondera que toda regulamentação é “bem-vinda”, considerando que traz mais segurança para os condutores e passageiros. “De qualquer forma, o usuário é certamente o maior beneficiário do Uber, já que agora tem acesso a um meio de transporte confortável e de baixo custo”, denota.

O condutor Sérgio Luiz Fóglia, 56 anos, por sua vez, menciona que a regulação deixa os trabalhadores “tranquilos” perante a lei e garante confiabilidade aos usuários, que poderão utilizar um serviço em que os prestadores estão devidamente credenciados. Embora a chegada desse tipo de transporte tenha suscitado a ideia de concorrência direta com aquele realizado por taxistas, o motorista salienta que tratam-se de serviços com públicos distintos. “Não vejo uma grande competição, pois grande parte dos nossos passageiros não usava o táxi em função dos valores mais altos. Quem não conseguia pagar a tarifa aderiu ao Uber em virtude do preço mais em conta”, avalia.

A publicação do decreto também é vista com bons olhos pelos taxistas, que aguardavam esta iniciativa do Executivo desde que o aplicativo entrou em funcionamento, em março. É o caso do taxista José Ricardo Ciambrone, 32 anos, o qual explica que a categoria não é contra a possível concorrência, desde que a mesma seja “justa e leal”. Além disso, argumenta que a cidade recebeu muitos motoristas de fora, que “causam insegurança, uma vez que os passageiros não sabem quem são”. O profissional enfatiza, no entanto, que apenas a vigência do decreto não basta – é necessário que a fiscalização seja contínua. “Dependemos da fiscalização da Semav [Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública] para detectar qualquer condutor clandestino que possa surgir”, considera.

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