Membro de facção pega 39 anos após ordenar morte de diretor de dentro da P2 de Venceslau

Em janeiro de 2007, condenado estava preso na penitenciária da região e, com um telefone celular, encomendou assassinato de Wellington Rodrigo Segura, morto a tiros

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 27/03/2023
Horário 13:31
Foto: Arquivo
Ordem de assassinato partiu de dentro da P2 de Presidente Venceslau
Ordem de assassinato partiu de dentro da P2 de Presidente Venceslau

O comandante de um sistema responsável pelas ordens de execução de agentes e autoridades do sistema carcerário foi condenado, na última quinta-feira, a 39 anos e seis meses de reclusão no regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa armada. Na época dos fatos, ele liderava a “sintonia do sistema”. As informações são do MPE (Ministério Público Estadual).

Em janeiro de 2007, “Carrefour”, como é conhecido, estava preso na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau, e, de dentro da cadeia, utilizando-se de um telefone celular, ordenou a morte de Wellington Rodrigo Segura, então diretor do Centro de Detenção Provisória de Mauá (SP). Segura foi alvejado com dezenas de tiros de fuzis e pistolas, morrendo no local dos fatos, dentro do carro na via pública. Na ocasião, ele estava acompanhado de uma colega de trabalho, que, embora ferida por quatro disparos, sobreviveu.

No primeiro plenário realizado, o conselho de sentença, a despeito de ter reconhecido a autoria do crime, havia absolvido o acusado. O Ministério Público apelou da sentença e o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) a reformou, reconhecendo que a decisão era contrária à prova dos autos, entendimento mantido pelos tribunais superiores. No novo julgamento realizado na quinta-feira, os jurados acolheram todas as teses do MPE.

O plenário do Júri foi realizado pela 7ª Promotoria de Justiça de Mauá com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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