Mesmo com a pandemia, procura por serviços de costura se mantém

Ajuste de roupas, peças novas e máscaras contra Covid-19 são os principais pedidos das pessoas que buscam pelos ateliês em PP; internet é um dos meios de divulgação e venda do setor

VARIEDADES - CAIO GERVAZONI

Data 12/08/2021
Horário 07:35
Foto: Weverson Nascimento
Cristiane precisou adaptar a casa dela para continuar com os serviços de costura e confecção
Cristiane precisou adaptar a casa dela para continuar com os serviços de costura e confecção

Antigamente, era muito comum que as pessoas buscassem ateliês de costura para encomendar a confecção de peças baseadas em figurinos que viram em algum lugar ou simplesmente para pedir ajustes em roupas que não serviam. Hoje em dia, mesmo com a pandemia, a tradição de procurar os serviços de costura se mantém. Além da clientela fixa que os ateliês possuem, a internet é um dos meios de divulgação e venda do setor. 
A costureira e proprietária do Ateliê Costurando Ideias Lu e Vera, que fica na Vila Maristela, Luciana Lopes da Costa Mello, conta que no início da pandemia, começou a produzir máscaras de tecido dupla-face, sempre tendo em mente as postagens nas redes sociais. “Divulguei bastante pelo Facebook em nome do ateliê. Alguns lugares encomendam as máscaras para os funcionários. Outro dia mesmo tive uma encomenda desse tipo. Consegui muitos clientes novos através da divulgação na internet”, conta a proprietária do ateliê. 
Os reparos e ajustes personalizados são os principais pedidos no ateliê de Luciana, entre os clientes que a costureira fez ao longo de 20 anos. Ela conta que foi mãe recentemente e precisou adaptar o ateliê em cassa para continuar com os trabalhos de costura. “Tive um ateliê por quatro anos na Rua Barão do Rio Branco. Aprendi a costura, desde muito nova, com minha mãe Vera Lucia. Troca de zíper e ajustes nas barras de qualquer tipo de peça são os consertos que as pessoas mais procuram”, pontua. 
A pandemia fez com que o fluxo de comércio do setor diminuísse consideravelmente. Assim como Luciana, a proprietária da Kricka Confecções, Cristiane Sanches Rodella, também adaptou a casa dela para continuar os serviços de costura e confecção. A costureira, antes da pandemia, alugava um ponto e destinava o trabalho a vários tipos de público. “Com a pandemia, o fluxo diminuiu muito, precisei demitir os funcionários e hoje trabalho em casa sozinha”, explica.
Cristiane trabalha há 30 anos com costura e mantém algumas clientes fixas, que geralmente, pedem para confeccionar a roupa do zero. “Meu foco hoje é com os clientes que compram o tecido e trazem para eu confeccionar a roupa conforme o pedido da pessoa. Também trabalho com a confecção de uniformes esportivos”, conta Cristiane. Ela preferiu manter as clientes fixas, desacelerar a produção e não expandir o seu negócio para o e-commerce. 

Foto: Weverson Nascimento

Muitas clientes preferem levar o tecido para ela confeccionar a roupa

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