Ministro da Saúde destaca educação como principal arma contra arboviroses em simpósio de Prudente

Alexandre Padilha ressaltou necessidade da mobilização das cidades e da difusão de informações científicas no combate à dengue e outras doenças virais; evento ocorreu nesta quarta

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 29/10/2025
Horário 17:30
Foto: Reprodução
Ministro Alexandre Padilha participou do 1º Simpósio sobre Arboviroses
Ministro Alexandre Padilha participou do 1º Simpósio sobre Arboviroses

Em fala na abertura do 1º Simpósio sobre Arboviroses, na manhã desta quarta-feira, em Presidente Prudente, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, manifestou o entendimento da educação em saúde como maior força contra esse grupo de doenças virais.

Na condição de médico e mais alta autoridade em saúde pública no Brasil, destacou a importância da mobilização das cidades, como está ocorrendo em Prudente, e a difusão de informação baseada na ciência.

“Apesar da importância das novas tecnologias, o enfrentamento às arboviroses, sobretudo no combate à dengue, é ato de educação em saúde”, disse para destacar a importância da mobilização “nas casas, nos bairros e nas cidades”.

Conforme a secretária municipal de Saúde, Adriana Vitório, o simpósio online em parceria da Prefeitura e Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) teve o objetivo de antecipar soluções e transformar conhecimentos científicos em ações concretas de combate e prevenção às doenças virais.

Antecipação aos problemas

O prefeito Milton Carlos de Mello, Tupã (Republicanos), citou graves problemas com a dengue nos primeiros meses de sua gestão, neste ano. “Hoje, estamos fazendo trabalho planejado, nos antecipando aos vários problemas de saúde”, pontuou.

A promotora pública Vanessa Zorzan enalteceu o caráter preventivo do evento. A líder do método Wolbachia no Brasil, Eliane Aparecida Leo Moreira, citou que a aplicação do método que impede que o vírus da dengue se desenvolva no mosquito, com tecnologia natural e de alta eficiência, está na 14ª semana em Prudente, ou seja, há quatro meses e meio.

Os pronunciamentos na abertura foram precedidos pela saudação do pró-reitor Acadêmico da Unoeste, José Eduardo Creste, que colocou em relevo a universidade como grande parceira da Prefeitura e a ciência a serviço do povo.

Também destacou a relevância do envolvimento do PPGMadre (Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional) no planejamento e organização do simpósio e do Nead (Núcleo de Educação a Distância) pelo suporte técnico.

A comissão organizadora junto ao programa teve o envolvimento do médico infectologista, professor e pesquisador Luiz Euribel Prestes Carneiro, que fez a medição do simpósio. A apresentação foi do radialista Ananias Pinheiro.

A comissão envolveu pelo programa Alba Arana, Bruno de Lima Melo e Elaine Bertacco; Lourdes Zampieri D’ Andrea, do Instituto Adolfo Lutz; e Susy Mary Perpetuo Sampaio, pesquisadora do Instituto Pasteur.

O evento contou com transmissão ao vivo pelo canal Lives Unoeste no YouTube (youtube.com/@livesunoeste5840), com 2,2 mil visualizações imediatas. Dentre os 730 inscritos no simpósio, houve a participação de profissionais da saúde de várias cidades brasileiras, de diferentes Estados. O cerimonial citou algumas cidades, entre elas Marília, Araçatuba, Araraquara, Rio Claro, Hortolândia, Indaiatuba, Araras e Limeira, no Estado de São Paulo; Brasília, Recife, Rio Branco e Joinville. 

Palestrantes e abordagens

A primeira palestra foi de Lívia Carla Vinhal Frutuoso, coordenadora-geral de Vigilância das Arboviroses, do Ministério da Saúde, com o tema “Avanços, desafios e novas estratégias em saúde pública”.

Eder Gatti Fernandes, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, fez a segunda palestra: “Vacinação contra a dengue”, com foco na imunização como ferramenta essencial no controle das arboviroses.

Na terceira palestra, André Ricardo Ribas de Freitas, médico epidemiologista e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, falou sobre “Abordagem das arboviroses no contexto epidemiológico atual”.

A quarta palestra foi de Adriano Abbud, diretor do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial, do Instituto Adolfo Lutz, com o tema “Avanços e desafios no diagnóstico laboratorial das arboviroses no Brasil”.

Karlos Diogo de Melo Chalegre, assessor da vice-presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fez a quinta palestra com o tema “Estratégias de suporte à vigilância e controle das arboviroses”.

A sexta palestra foi de Dalton Pereira da Fonseca Junior, diretor técnico de Saúde do Grupo de Vigilância Epidemiológica 25, de Santos (SP), com o tema “Perspectiva para o controle do Aedes aegypti”.

Ana Carolina Rabelo, gestora de Implementação do Método Wolbachia da WMP (World Mosquito Program) Brasil, fez a sétima palestra, com o tema “Implementação do método Wolbachia no Brasil”, expondo o método e seus resultados positivos no país.

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