Moradores pedem asfalto em rua

REGIÃO - BEATRIZ DUARTE

Data 01/02/2018
Horário 11:41
Marcio Oliveira, Sem asfaltamento, Rua Manoel Bandeira está esburacada
Marcio Oliveira, Sem asfaltamento, Rua Manoel Bandeira está esburacada

Moradores da Rua Manoel Bandeira, no Jardim Panorama, em Álvares Machado, pedem por melhorias para o logradouro que segue sem asfalto, tem tubulação de esgoto exposta e falta de água todos os dias. Segundo os reclamantes, o cenário traz transtornos aos que residem no local, em função da falta de acessibilidade.

Para o servidor público Michael Hellinson Gomes, 28 anos, que há um ano comprou uma residência no local, a situação é de “descaso”. Ele diz que perdeu a companhia da mãe, que decidiu morar em outra cidade por conta da situação da rua. Como deficiente visual, ela não tinha como ir e vir para pegar o ônibus e, assim, saía de casa apenas de carro acompanhada.

Quando chove, o morador diz que é “impossível sair de casa de carro, ou a pé para pegar o transporte público”. Ele fala ainda que há dificuldades para o recebimento de serviços, como entrega de correspondências, acesso de ambulância e coleta de lixo. Acumulado durante dias, segundo ele, os sacos plásticos são revirados pelos cães e gatos e se espalham, atraindo insetos e ratos.

Em busca de melhorias, ele afirma que, junto de vizinhos, já reclamou na Prefeitura para cobrar uma solução para o asfalto. “A resposta que recebemos é de que não existe verba liberada e nem maquinário disponível, já que é necessário reconstruir todo o escoamento antes de começar o asfaltamento”, fala. “A única medida tomada é manutenção com o trator para esconder os canos à mostra. Assim, já tive de consertar meu carro duas vezes e também sofri vários acidentes de moto por conta da lama”, complementa.

A reclamação de falta de água também vem da dona de casa Graciele Barbosa, 25 anos. Ela comenta que os moradores não recebem nenhum aviso de manutenção e as ocorrências têm sido diárias, após as 17h. Com uma filha de nove meses, Graciele foi morar com a mãe durante os meses de gestação, pois temia passar mal e não ter como sair do bairro em períodos de chuva, que ocasionam lama em excesso. Sem poder deixar a criança no quintal de casa, devido ao aparecimento de insetos e sapos, ela diz que a menina já foi picada por um escorpião. “Não tenho tranquilidade nem na minha própria casa. É terrível a situação”, lamenta.

 

Cobrança

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), em nota, informou que realizará o aterro da vala que está exposta parte de uma tubulação na rua. Em relação à falta de água verificada no bairro, a empresa esclarece que os casos ocorridos foram decorrentes das fortes chuvas no mês de janeiro, que provocaram erosões comuns em ruas de terra e consequentemente o rompimento das redes da Sabesp.

A reportagem enviou a demanda à Prefeitura de Machado, mas até o fechamento desta edição não recebeu retorno.

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