Em 86 anos de vida, o médico pneumologista Wilson Meneguci trabalhou de forma “íntegra e dedicada até seus últimos dias”, afirma sua filha, Ana Meneguci, em nome de todos os filhos e familiares. Ele faleceu hoje na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, em decorrência de complicações da Covid-19.
A mensagem que a filha acredita que Wilson deixaria a todos é: “Fiquem em casa”. Isso porque, segundo Ana, a vida de Meneguci “foi vivida em amor à profissão e aos pacientes”. Como reconhecimento a essas características que o marcaram como profissional, ela conta que as equipes de diversos hospitais de Prudente fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao homem com quem conviveram por vários anos. Meneguci atuava em todos os hospitais prudentinos, exceto o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.
Sobre o pai, as recordações que ficarão, Ana garante, são as de um homem “amoroso, cuidadoso, zeloso e amigo de todos os filhos”.
Ana dedicou alguns minutos de sua fala para agradecer à corrente de oração que foi feita pela recuperação de seu pai e se conforta: “Agora ele está com o médico dos médicos”. Em relação às rezas, ela pede que continuem pela esposa de Wilson, a senhora Aparecida Nunes Meneguci, que também está hospitalizada por conta do novo coronavírus.
Por fim, Ana agradece a toda equipe médica que acompanhou seu pai nos dias em que ele esteve na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da santa casa, nos nomes do médico intensivista e pneumologista Ênio Rodrigues Maia Filho, que trabalhou durante anos junto à Meneguci, e do infectologista José Wilson Zangirolami.
Sobre a partida de Wilson Meneguci, o empresário e cronista aos domingos em O Imparcial, Pérsio Melem Isaac, prestou condolências à família e escreveu este depoimento:
“Lembro-me do aniversário do genro dele, o Dr. Menuguci já com problemas de saúde estava sentado na mesa. Sua mulher veio até mim e disse: ‘Pérsio, o Meneguci quer falar com você’. A impressão que sempre tive dele era de um homem muito sério e muito reservado. Nunca tive contato pessoal com ele. Sou amigo do seu genro Pitti e da sua filha Detinha. Levantei-me e fui até ele e o cumprimentei. Ele sorriu e me disse que gostava muito de ler as minhas crônicas de domingo no Jornal O Imparcial. Fiquei surpreso e lisonjeado. Agradeci e falei que era uma grande honra para mim tê-lo como leitor. Ficamos batendo papo e pude conhecer o seu lado divertido, gentil e amável. Disse que iria dedicar a próxima crônica a ele. Agradeceu-me. Escrevi a crônica, ‘Sócrates, o Dr. da Bola’ e fiz uma dedicatória a esse grande Doutor da Medicina que hoje cumpriu sua missão nesse mundo”.
