Motoristas de aplicativos e taxistas relatam insegurança devido à criminalidade

Desde o começo do mês, reportagem noticiou três casos de roubos que vitimaram trabalhadores da categoria em Presidente Prudente

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 17/12/2020
Horário 14:00
Foto: Arquivo
Em dezembro, reportagem noticiou três roubos que vitimaram motoristas
Em dezembro, reportagem noticiou três roubos que vitimaram motoristas

Motoristas de aplicativo e taxistas que atuam em Presidente Prudente, dizem estar inseguros em relação à segurança durante as corridas solicitadas dentro e fora da cidade. A atenção se intensificou após diversos roubos que vitimaram os trabalhadores, sendo o mais grave o que acabou em latrocínio em junho de 2019.

Na terça-feira da semana passada, um motorista de aplicativo foi vítima de roubo após o término de uma corrida no Parque Cedral, em Presidente Prudente. Da ação participaram dois criminosos, que estão sendo investigados pela Polícia Civil. Conforme noticiado por este diário, após ficar sob a mira de uma arma, teve R$ 1.300 subtraídos.

Já no sábado seguinte, o alvo foi um taxista idoso que perdeu R$ 250 e o celular. Na ocasião, foi ameaçado pelo bandido com uma faca. 

De acordo com Natal Aparecido Brunholi, presidente do Sindicato dos Taxistas e Caminhoneiros Autônomos de Presidente Prudente, apesar da insegurança, a situação já foi pior.

“Antigamente era bem mais perigoso do que hoje. Mas, infelizmente a gente corre esse risco”, afirma. Segundo ele, os taxistas têm a orientação para evitar corridas quando suspeitarem de algo. “Passageiro não carrega selo na testa falando se é idôneo. Na dúvida, não vá!”, salienta. 

Por sua vez, Wesley Aparecido de Jesus, presidente da Amoesp (Associação dos Motoristas de Aplicativo do Oeste Paulista), lembra que os motoristas estão sendo alvos constantes dos criminosos. “Outro dia o rapaz parou o carro para pagar uma conta, quando voltou estava todo riscado”, conta. “O pessoal está muito apreensivo”.

Segundo ele, as viagens noturnas são as mais receosas, principalmente em bairros periféricos que, para os condutores, ficaram marcados pela criminalidade. “Isso aumenta o preconceito para estas áreas, e quem vai sofrer é a própria população porque a gente fica com um pé atrás”.

A reportagem solicitou o posicionamento de empresas que trabalham com serviço de viagens e aguarda o retorno.

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