MST protesta e atrasa atendimento em agência

REGIÃO - Bruno Saia

Data 26/07/2016
Horário 09:14
 

Um grupo de manifestantes ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) realizou um protesto, na manhã de ontem, que atrasou o início do atendimento ao público em uma agência do Banco do Brasil, em Teodoro Sampaio. A manifestação começou às 9h e os trabalhadores rurais permaneceram no local até às 15h. Eles saíram depois de uma reunião com o gerente da agência.

De acordo com a Polícia Militar, o funcionamento foi normalizado a partir das 14h e os manifestantes não impediram a entrada de funcionários. De acordo com os policiais, cerca de 40 manifestantes participaram do ato, que foi pacífico.

Jornal O Imparcial Manifestantes pedem liberação de recursos em Teodoro Sampaio

"Acabamos de encerrar o protesto com o compromisso de que uma reunião com a superintendência do Banco do Brasil será realizada na quarta-feira, às 14h, aqui na cidade", contou Gerson Oliveira, que é do MST, logo após o fim da manifestação. "Vamos discutir a liberação de recursos do PAA , de créditos para a habitação e também estamos exigindo agilidade na arrecadação de terras para reforma agrária", destaca o trabalhador rural. Segundo ele, aproximadamente 150 pessoas participaram da manifestação.

Em nota, a Assessoria de Imprensa do Banco do Brasil confirma a reunião com o gerente da unidade e informa que o "movimento transcorreu de forma pacífica, sem ameaças aos funcionários ou danos às instalações da agência".

 

Incra e Itesp

Também por meio de nota, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informa que os recursos para o PAA, na modalidade que atende o público assentado são oriundos do MDSA (Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário). O órgão foi contatado pela reportagem para repercutir o assunto, mas não retornou até o início da noite de ontem. "Em relação à obtenção de imóveis para a reforma agrária na região do Pontal do Paranapanema, informamos que o Incra mantém, desde 2014, Convênio de Reversão de Terras Públicas, no valor de R$ 56 milhões, com o Itesp , com o objetivo de agilizar a arrecadação de terras devolutas, que são áreas do governo estadual ocupadas irregularmente por particulares", destaca o texto.

O Itesp, também por meio de sua Assessoria de Imprensa, confirma o convênio e destaca que as terras "só serão arrecadadas caso os possuidores manifestem interesse na realização dos acordos; caso rejeitem, os processos seguem na Justiça". O órgão estadual informa ainda que o pagamento das benfeitorias de uma área em Mirante do Paranapanema já foi feito e o imóvel foi arrecadado pela Fazenda do Estado.

 
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