Não basta usar rosa!

Ao percorrermos o contexto histórico relacionado à saúde da mulher no Brasil, em que observamos que no século XX os programas de saúde enalteciam apenas as ações materno-infantis, identificamos importantes evoluções, por meio de políticas públicas, na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dos cânceres do colo de útero e de mama. 
O câncer é a principal causa de morte no Brasil e o tumor de mama é o mais prevalente, sendo sua origem relacionada a aspectos biológicos e ambientais, havendo ainda muitas lacunas a serem preenchidas pela ciência em relação ao seu desenvolvimento e tratamento.
A sociedade percebe sua gravidade e sua evidência e, por meio de ações e criação de grupos como Outubro Rosa ou Amigas do Peito, tornam públicas medidas de prevenção e controle para enfrentar sua ocorrência.
A prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama estão associados ao empoderamento das mulheres para conhecer e cuidar de seu corpo com liberdade e consciência, com autonomia e apoio dos sistemas de saúde, quer púbico ou privado. Para isso é necessário trabalharmos mudanças em hábitos a partir da infância, bem como educação em saúde de forma abrangente e eficaz, além de investimentos na pesquisa e ciência.

Precisamos criar novos valores e conceitos de saúde à população feminina, estimulando o autoconhecimento do seu corpo

Precisamos criar novos valores e conceitos de saúde à população feminina, estimulando hábitos saudáveis e o autoconhecimento do seu corpo. Temos também que potencializar o rastreamento das mulheres em risco, bem como fomentar ações de saúde que visam identificar o mais precoce possível os casos existentes de câncer. 
Nesse sentido, a formação e qualificação dos profissionais de saúde, em especial os enfermeiros com ênfase na prevenção do câncer de mama, colaboram para atingir bons resultados nessa proposta. Sabe-se que ensinar estratégias simples às mulheres, como o autoexame, resultam em melhoria do atual cenário de saúde. Tais estratégias são possíveis em escolas, programas do Estado e também com participação popular. 
Embora pareça uma contradição, há dúvidas se campanhas de doação de lenços às mulheres que passam pelo câncer de mama, de fato, ajudam. Sim, sentir-se mais bonita importa muito, mas é preciso que sejam feitas mais ações pelas mulheres!


 

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