Novembro Azul: maior que o preconceito, deve ser o cuidado com a saúde

EDITORIAL -

Data 04/11/2023
Horário 04:15

Mesmo o câncer de próstata sendo um dos mais comuns em homens no Brasil, e o exame ocorra de forma rápida, simples e sem dor, muitos ainda resistem a fazer o teste, popularmente conhecido como toque. Em rodas de amigos, absurdamente, chega a ser motivo de piada.
Para reforçar a conscientização sobre as doenças urológicas e o perigo de um diagnóstico tardio, a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) começou na quarta-feira, a campanha Novembro Azul. Por meio do Portal da Urologia e das redes sociais, a SBU promoverá lives e divulgará vídeos, com o objetivo de informar a população masculina sobre os riscos, tratamento e a necessidade de cuidar do seu corpo e também da mente.
Fazer exercícios, ter uma alimentação equilibrada, parar de fumar, praticar sexo seguro e fazer o exame da próstata periodicamente. Tudo isso é importante na vida de um homem, antes mesmo de qualquer sinal.
Com a grande divulgação dos casos desta doença - que gera alterações nas células da glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra -, muitos homens hoje sabem dos riscos que correm e têm ciência do que pode acontecer caso não se previnam. Mesmo assim, uma minoria resolve fazer o tão temido exame de toque, considerado o melhor termômetro para avaliar as reais condições do paciente. Outros nem sequer já visitaram um urologista. Acham que é bobeira, “não precisa”.
Em sua fase inicial, a doença pode não apresentar sintomas. E aí está o perigo. Com o avanço do quadro, o homem pode apresentar dificuldade para urinar, dor óssea, e pode evoluir para insuficiência renal. Passando para outros órgãos, reduz as chances de cura, que podem chegar a 95% dos casos, quando descoberto no início. 
Quando questionados sobre o porquê de tanto receio, em relação ao exame, a maioria deles aponta o preconceito como o maior impedimento, seguido do medo. Outros ainda usam como justificativas a preguiça, o relaxo e até a falta de tempo. Sem contar os mal informados que nem sabem da doença e, muito menos, que não precisa haver sintomas para marcar uma consulta.
A melhor saída é visitar o médico regularmente e fazer exames periódicos, que podem incluir também, além do toque retal e dosagem do PSA, os de colesterol, hemograma, glicemia, entre outros. 
Se você não é homem, mas tem um irmão, um tio, um amigo, um vizinho, mora com o marido ou o pai, repasse pra eles o que sabe. Logo as ações do Novembro Azul devem começar pela cidade, oriente-os, incentive-os a participarem. Melhor pecar pelo excesso, se prevenir, do que se prejudicar por falta de cuidado.

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