O “Big Megafone” chamado opinião

OPINIÃO - Tarcísio Coelho

Data 14/02/2020
Horário 05:30

Eu gosto da palavra “empoderamento”. Além de ser amplamente utilizada em calorosos diálogos sociais como o empoderamento feminino, por exemplo, esta palavra carrega importante significado para o marketing e publicidade, já que muitas marcas também estão ‘empoderando’ seus consumidores. E o melhor: com resultados interessantes.

Mas o que é um consumidor empoderado? Um consumidor que pode fazer o que bem entender? Não é bem assim! O que tem acontecido é que as empresas estão vislumbrando novas formas de se destacar perante à concorrência, deixando que consumidores, realmente engajados com a marca, possam contribuir com sugestões e talentos criativos. Quer exemplos? Lá vai!

Em muitos cafés da Starbucks, além de escreverem o nome no copo e entregarem a senha do Wi-Fi e também do banheiro, é possível adquirir o cartão fidelidade da empresa – o “Starbucks Rewards”.

Estas e centenas de outras inovações só puderam se tornar realidade por causa das ideias dos próprios clientes, compartilhadas no site da empresa “MyStarbucksIdea.com”, o que propiciou produtos e sabores únicos – para nossa alegria!

Nesta mesma linha, a Lego permite que seus clientes criem e votem em novos projetos por meio de sua plataforma digital: o “Lego Ideas”, aumentando o envolvimento emocional e cognitivo dos consumidores, disponibilizando produtos com designs únicos.

O interessante disso tudo é a mecânica do processo, já que permitir que clientes impactem decisões de marketing é criar um ‘big megafone’ nas interações entre marcas e clientes. Em cada interação, os clientes passam, pelo menos, um pouco de tempo (de qualidade) pensando sobre a marca e como se conectar ainda mais com ela – permitindo também que as empresas criem ofertas exclusivas para seus clientes especiais.

Assim, os avanços nas tecnologias digitais transformaram o Marketing e os consumidores, que hoje estão armados com informações e novas oportunidades. Tais clientes “empoderados” já não aceitam o papel de meros receptores passivos de propagandas, mas procuram uma interação mais rápida, contínua e de via dupla, desenvolvendo profundas conexões e atitudes positivas com a marca. (Mochon, Norton e Ariely, 2012)

E aí, o que achou desse assunto? Você se considera um consumidor empoderado? Que tal pensar em suas marcas preferidas e tentar participar mais ativamente do processo de criação de novos produtos e serviços? Empodere-se!

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