O sobrepeso e a obesidade têm o diagnóstico inicial embasado na proporcionalidade do peso com a altura. Para determinação, o método mais prático, acessível e também confiável é o cálculo do índice de massa corporal (IMC=peso/altura2). O IMC é suficiente para estabelecer a prevalência destes problemas na população.
OUTROS PARÂMETROS
Na prática clínica do médico, nutricionista, professor de Educação Física e outros, deve haver avaliação individualizada, sendo o IMC apenas um indicativo inicial. Para esses profissionais e para o próprio indivíduo, é relevante saber também como está a distribuição da gordura, se o excesso de gordura está interferindo nos sistemas fisiológicos e prejudicando a função. Para isso são realizadas avaliações, exames bioquímicos e de imagem.
DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA
A gordura está normalmente distribuída em dois “compartimentos”, independentemente da quantidade que há no corpo. Parte da gordura é encontrada sob a pele, sendo denominada de gordura subcutânea. No tronco, glúteos, coxas e braços a camada de gordura subcutânea é mais espessa, enquanto nas pernas e antebraços a camada é mais delgada. Outra porção da gordura fica acumulada entre as vísceras, sendo denominada de gordura visceral. Em quantidades menores, há gordura na circulação sanguínea, nos músculos e no fígado.
PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO
Há diferenças de acúmulo de gordura em ambos os sexos. A mulher tende a acumular mais gordura subcutânea, especialmente nas regiões do quadril, coxas e braços, caracterizando o formato de pera. Por outro lado, o homem tende a acumular mais gordura subcutânea na região da cintura, juntamente com gordura visceral na cavidade abdominal, caracterizando o formato de maçã.
O sobrepeso e a obesidade requerem providências imediatas. A procrastinação permite que o problema siga seu curso natural, que é de se agravar
DIFERENÇAS DA OBESIDADE
As pessoas com sobrepeso e obesas podem ser distribuídas em cinco grupos de acordo com a quantidade de gordura acumulada e os efeitos dessa gordura no metabolismo e funções fisiológicas, cujo diagnóstico depende de avaliação clínica e exames específicos. (1) sobrepesadas com acúmulo de gordura subcutânea e sem alterações metabólicas; (2) sobrepesadas apenas com barriga característica do acúmulo de gordura visceral e que já têm gordura no fígado, um precedente para a cirrose; (3) sobrepesadas que já desenvolveram comorbidades como diabetes, hipertensão, coronariopatias etc; (4) obesas com metabolismo ainda normal e poucas alterações no colesterol e glicose sanguíneos, ou na pressão arterial; (5) obesas com metabolismo alterado, parâmetros bioquímicos aumentados e não saudáveis.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
O sobrepeso e a obesidade requerem providências imediatas, eficientes e sustentáveis, que caracterizam a prevenção terciária, ou seja, não permitir a evolução do sobrepeso para obesidade e da obesidade para o grau mórbido, que aumenta o risco de morte. A procrastinação permite que o problema siga seu curso natural, que é de se agravar. Procure por profissionais sérios, incluindo médicos, nutricionistas e professores de Educação Física. Sobretudo não acredite em soluções rápidas, sem esforço e que parecem muito boas para ser verdade. Medicamentos análogos das incretinas (Ozempic, Wegovy ou Rybelsus etc) são eficientes, porém dieta equilibrada e exercício físico são indispensáveis em médio e longo prazo.
Referências
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