Operação Corta Fogo reforça combate a incêndios florestais 

Ela foi um dos assuntos apresentados hoje durante uma live no 7º Encontro Técnico de Desenvolvimento Sustentável

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 27/04/2021
Horário 11:13
Foto: Arquivo
Dados que apontam que o ano de 2020 foi o segundo com mais focos de calor detectados por satélite no Estado de São Paulo, nos últimos dez anos
Dados que apontam que o ano de 2020 foi o segundo com mais focos de calor detectados por satélite no Estado de São Paulo, nos últimos dez anos

“Operação Corta Fogo” é o nome dado ao Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais que, anualmente, propõe um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, monitorar e combater os incêndios florestais. Dividida em fases, atualmente, foca os esforços na intensificação de ações preventivas e de preparação para o período mais seco.

Ela foi um dos assuntos apresentados hoje durante uma live no 7º Encontro Técnico de Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo Comando de Policiamento Ambiental, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, com a participação das Indústrias e produtores de Cana de Açúcar do Estado de São Paulo.

Durante o encontro, Rafael Frigério, que responde pela secretaria executiva da Operação Corta Fogo, trouxe dados que apontam que o ano de 2020 foi o segundo com mais focos de calor detectados por satélite no Estado de São Paulo, nos últimos dez anos. De acordo com o levantamento, foram 6.123 focos, ficando atrás de 2010, quando houve 7.292. 

“A ocorrência de incêndios florestais é mais constante entre junho e outubro, sendo os meses de agosto e setembro com maior número de eventos”, explica. “O ideal é que estejamos com ações preventivas, medidas e preparação para resguardar um combate mais efetivo”.

Conforme analisado pelo coronel PM Augusto Leite Motooka, comandante de Policiamento Ambiental do Estado, o primeiro trimestre deste ano foi mais seco se comparado com o ano passado.

"Isso nos traz um alerta de que, se todos engajados, e o setor sucroenergético e alcooleiro, estando com essa boa intenção, sem dúvida nenhuma fará um belíssimo trabalho e vamos vencer e minimizar esses impactos que causam prejuízo à saúde, meio ambiente e ao setor econômico”.

A operação conta com a participação de diferentes níveis de governo, empresas parceiras, sociedade civil e comunidade. Ela está dividida em fases: 

  • Fase verde (janeiro a março): compreende o planejamento das ações para a temporada de estiagem, e também o início das atividades de prevenção e preparação; 
  • Fase amarela (abril e maio): tem o foco na intensificação das ações preventivas, e de preparação para o período mais seco; 
  • Fase vermelha (junho a outubro): a mais crítica da operação, que demanda maior atenção às ações de resposta quanto aos incêndios florestais, como o combate ao fogo e intensificação da fiscalização repressiva pelas polícias;
  • Fase verde (novembro e dezembro): foca nos trabalhos de avaliação e início das ações do ano seguinte. 

Reafirmação de parcerias

Encontro Técnico de Desenvolvimento Sustentável é realizado anualmente, e tem como objetivo discutir aspectos ligados à Operação Corta-Fogo, buscando reduzir a ocorrência de incêndios em áreas de cultivo de cana de açúcar, bem como trazer uniformidade em relação à aplicação dos critérios objetivos para o estabelecimento do nexo causal nas ocorrências com autoria desconhecida.

Na ocasião, foram realizadas diversas palestras por representantes dos órgãos envolvidos e debatidos temas de interesse. Além do diagnóstico com base nas ocorrências de incêndio registradas pelo policiamento ambiental no ano de 2020, durante a Operação Corta-Fogo, foram discutidas medidas para reduzir incêndios em áreas agrícolas e florestais, visando reduzir os impactos ambientais lesivos da atividade humana.


Reprodução - Evento contou com a participação do secretário Marcos Rodrigues Penido

O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Rodrigues Penido, participou do encontro e fez uma análise dos trabalhos desenvolvidos.

“Pudemos atuar em praticamente todas as regiões do nosso Estado, combatendo incêndios de proporções grandes, incêndios em que tivemos que ter atuação efetiva junto com SSP (Secretaria de Segurança Pública), Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros”, explica. “Hoje, essa parceria com o setor sucro, tem sido um grande agente para nos apoiar no combate aos incêndios”, expõe.

“O evento vem no sentido de somar esforços, trocarmos as nossas experiências e com todo aprendizado, fazer com que essa estação de estiagem seja menos impactante que a anterior, e que todas nossas ações preventivas e de combate se deem de uma maneira sinérgica para que possamos minimizar ao máximo os impactos”. 

Também participou do evento, Patrícia Faga Iglecias Lemos, diretora-presidente da Cetesb; coronel PM Augusto Leite Motooka, comandante de Policiamento Ambiental; tenente-coronel PM Enio Antonio de Almeida, Comandante do 1º BPAmb; capitão PM Guilherme D'Artagnan Carvalho Silva Boppré, da divisão operacional do CPAmb; major PM Alessandro Daleck Pereira, coordenador operacional do 4º CPAmb; Naiana Lanza Landucci, diretora do Centro de Planejamento do Departamento de Fiscalização da CFB/Sima; Caroline Matos, diretora do CDRS; e Jordão Domingos Pagani, gerente regional da Cetesb de São José do Rio Preto.

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