Pandemia de empatia

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 18/04/2021
Horário 05:10

Ainda que o caos não dê trégua, acredito que em nossas comunidades haja empenho para que o melhor na evangelização aconteça. Homens e mulheres movidos por dons específicos colaboram para o anúncio do Evangelho avançar. Vejo de igual forma, padres incansáveis e disponíveis no agir pastoral. Todos trabalhamos amparados por um objetivo indispensável: salvação das almas! Não percamos de vista esse ideal. A Covid-19 chegou e se instalou. Afeta a todos. Causa ainda muita perturbação, além de gestar medo, ansiedade, incerteza e tristeza. Trouxe até a sensação dos dias passarem sem terem existido. Onde está nossa esperança? Essa o vírus não pode infectar! Cristão é ser realista “esperançado”. Como está nossa fé em época de coronavírus? É um momento extraordinário que pede ações ordinárias, isto é, gestos cristãos como ensina o Evangelho. Tempo caótico que não admite animosidades entre nós. Seria bom uma pandemia de empatia. O cristão pode transmitir o amor. O amor é altamente contagiante. Estamos todos feridos, mas estejamos decididos a harmonizar. Por primeiro ao se relacionar. Saia da nossa boca apenas palavras de vida, encorajamento, compaixão e comunhão. O que nos faz Igreja é estarmos em comunhão. Tragédia é quando não reconheço a ação evangelizadora do irmão como um sopro do Espírito Santo. Quem rege a Igreja continua sendo o Senhor e, não os meus “achismos”. Sejamos mestres em aliviar a dor pungente do irmão. Nossa especialidade deve ser apontar caminhos e alternativas. Nossa presença não seja jamais para dividir, segregar e ferir ainda mais. Devemos vibrar quando o irmão acerta e consegue falar de Deus de um modo original e criativo, sem macular os ensinamentos da Igreja. Somos a mesma Igreja. Por isso, acolhamos com docilidade o inédito que insiste em ficar. Para um tempo de pandemia, mostremos que a era é da empatia. Vamos juntos transformar toda insegurança em amor? Se a pandemia tem deixado sua marca, vamos deixar a nossa marca também. São muitas as restrições vivenciadas. Não nos afastemos do desejo de construir uma Igreja solidária e misericordiosa. Penso que não seja penoso compreender que está sendo difícil para o irmão também. Por isso, tenhamos um talento: reconhecer o talento do irmão. Como seremos lembrados após a pandemia? Que marca temos deixado? (Autor: diácono Rafael Moreira Campos)

* SANTA MISSA COM PRESENÇA DE FIÉIS. Com o anúncio feito pelo governo do Estado de São Paulo na sexta-feira passada, as paróquias da Diocese de Presidente Prudente retomam – seguindo os decretos municipais e diocesano – as celebrações da Santa Missa com a presença de fiéis. Informe-se na sua comunidade sobre essa retomada na chamada “fase de transição” cuja duração inicial é de 15 dias (de 18 a 30 de abril). E reze pelo fim da pandemia.

Liturgia
3º Domingo da Páscoa

Leituras: Atos 3,13-15.17-19; Salmo 4; 1 João 2,1-5a; Lucas 24,35-48
I.- Antífona de Entrada: Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia! (Sl 65,1s)
II.- MORRER E RESSUSCITAR COM CRISTO. Quem de nós nunca teve a experiência de cometer erros e compensá-los, de tropeçar e ficar em pé novamente, de cair e de se levantar de novo? Esta não é apenas uma imagem ou metáfora, mas a própria realidade como ressurreição; para um cristão, esta vida já é um morrer e ressuscitar com Cristo. A ressurreição não é algo que nos acontecerá somente no julgamento ou quando entrarmos na habitação de Deus depois a morte. A ressurreição está aqui conosco, de forma bela. Pela graça da Ressurreição de nosso Senhor continuamos, mesmo agora, morrendo e ressuscitando. Partilhemos na Eucaristia dominical do banquete da ressurreição com o Senhor Ressuscitado.
III.- Leituras: 1) Pedro, testemunha do Senhor Ressuscitado. Na pregação, Pedro testemunha de modo firme a ressurreição de Cristo dentre os mortos e pede aos seus ouvintes voltarem a Cristo ao ponto de permitirem que Ele os renovem. 2) Fiéis ao Senhor Ressuscitado. Quando seguimos os mandamentos do amor de Cristo, somos fiéis a Cristo Ressuscitado e crescemos no amor de Deus. 3) Testemunhas do Senhor Ressuscitado. Jesus apareceu aos discípulos que duvidavam para lhes fortalecer sua fé na ressurreição. Depois os enviou – como nos envia – para testemunhar o seu perdão e a sua nova vida.
IV.- Oração: Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição.
V.- Para o caminho: Cristo nos convida a testemunhar a sua presença entre nós como nosso Senhor Ressuscitado. Vivamos, pois, como novo Povo de Deus, cheios de fé, esperança, amor e perdão mútuos.
 

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