Servidores municipais ocupam a galeria da Câmara de Prudente, na noite de segunda-feira (8), em rejeição a alterações no tíquete-alimentação, em projeto encaminhado pelo prefeito Milton Carlos de Mello, Tupã (Rep).
CISMA TOTAL
Com o anúncio do presidente William Leite (PP) sobre amplo debate que deverá levar até 45 dias e diante da cisma dos servidores que a votação poderá ocorrer a qualquer momento, os manifestantes anunciaram que estarão presentes em todas as sessões.
NÃO DEU CERTO
Mal a sessão foi iniciada, o presidente procurou mostrar a sua simpatia ao dizer aos servidores para se sentirem em casa, “que essa casa é de vocês”. O que não serviu para se livrarem da pressão. Os manifestantes queriam que os vereadores votassem não.
QUATRO CONDIÇÕES
O projeto prevê suspensão do pagamento do tíquete, pelo tempo do afastamento, em quatro condições: gozo de licença; afastado para servir outro órgão ou entidade e recebendo por lá; afastado para cumprir mandato eletivo; e falta injustificada.
CORREÇÃO ANUAL
As alterações propostas são sobre a lei de 29 de novembro de 2002 e inclui correção anual do valor pago, com base na inflação acumulada no período de 12 meses. Atualmente, a correção é trimestral.
PRESENÇA 100%
O valor é de R$ 1.293,65. Como são 4.776 servidores ativos, o valor pago mensalmente é de R$ 6,1 milhões. Porém, o que está em foco não é o montante. Por parte da Prefeitura, o foco seria a assiduidade do servidor no trabalho.
DIREITOS FORA
Por parte da representação de classe, as alterações provocam retiradas de direitos, conforme a presidente do Sintrapp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Presidente Prudente), professora Luciana Telles.
IPSIS LITTERIS
“Além de alterar a data da revisão da inflação, ainda desconta os atestados... de tratamento de câncer, de depressão...”, disse a presidente na TV Fronteira, afirmando que atualmente, em tais casos, o pagamento é integrado.
LEI DE 22 ANOS
Mais por curiosidade que qualquer outra condição, o Plantão registra que a lei atual de regulamentação do pagamento do tíquete vem do tempo do prefeito Agripino Lima (1931-2018). Portanto, há 22 anos e que completará 23 no final de novembro próximo.
LONGE DA TRIBUNA
Sobre a pressão dos servidores na Câmara, os quatro vereadores inscritos no expediente de explicação pessoal dispensaram de ir à tribuna. Prevaleceu o bom senso, pois qualquer palavra mal colocada ou mal interpretada poderia gerar desconforto.
NOTA DE REPÚDIO
Bem começo na sessão, o segundo secretário da mesa diretora, vereador Edgar Caldeira (União), leu nota de repúdio encaminhada por João Célio da Silva Filho e dirigida à Secretaria Municipal de Turismo, sem citar nome. Apenas a palavra secretário.
ARTES URBANAS
A síntese do teor da nota é sobre apagar artes urbanas, o que é considerado desrespeito e desestímulo a novos talentos; conforme o autor do documento, com a citação de que a cultura deve ser celebrada e não silenciada.