Polícia prende advogado e mais 9 pessoas em rinha de galos; um animal morreu

Grupo tentou correr para o meio de um canavial, mas foi abordado; no total havia 48 animais no imóvel rural

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 12/09/2020
Horário 17:55
Polícia Civil - Envolvidos haviam chegado ao local em um micro-ônibus
Polícia Civil - Envolvidos haviam chegado ao local em um micro-ônibus

Na manhã de hoje, dez pessoas foram presas em flagrante por participarem de uma rinha de galos em uma propriedade rural em Mirante do Paranapanema. Dentre os presos está um advogado militante no município.

Conforme a Polícia Civil, a Polícia Militar Ambiental recebeu uma denúncia anônima de que um ônibus havia chegado ao sítio com diversas pessoas que participariam do evento. O local já é conhecido por proporcionar rinhas em outras oportunidades.

Diante da informação, os militares foram ao endereço e encontraram um pequeno grupo de indivíduos nas imediações de um barracão. Mais a frente, havia um veículo VW/Gol que “saiu em disparada” com a aproximação da polícia, em direção à sede do estabelecimento.

Devido à fuga, os policiais foram atrás do condutor e observou quando várias pessoas correram para o meio de um canavial, bem como a uma área de pastagem.

Algumas delas carregavam galos, segundo a Polícia Militar Ambiental.

Espaço destinado à rinha

Todos os envolvidos foram abordados. Além de um advogado de Mirante do Paranapanema, havia mais sete homens e duas mulheres, alguns moradores de Presidente Prudente, Presidente Epitácio, Pacaembu e Andradina.

Conforme o boletim de ocorrência, na área existia um rebolo - cercado que é usado para a rinha, que havia sido desmontado na hora; outro rebolo montado e vários galos aprisionados em gaiolas improvisadas com pouco espaço e sem nenhuma alimentação.

Outros animais estavam acomodados em caixas de papelão, também sem alimentação. Um galo muito machucado não resistiu aos ferimentos e morreu.

No total havia 48 animais, incluindo o morto.

Multas chegam a R$ 147 mil

De acordo com a polícia, a propriedade está arrendada para um homem de 43 anos, que trabalha como pintor de automóveis em Presidente Prudente. Ele assumiu ser dono dos galos e foi autuado em R$ 147 mil pelo crime de maus-tratos.

Os demais envolvidos foram autuados como espectadores da rinha de galo, multas que chegaram a R$ 3 mil para cada um.

Durante as buscas os policias também apreenderam seis "biqueiras" de aço e três pares de esporas de plásticos, instrumentos utilizados unicamente para rinha.

Na Delegacia de Polícia Civil, os acusados foram ouvidos. “Infelizmente, a pena prevista é ínfima para este crime, o que o torna de menor potencial ofensivo, por isso os autores foram qualificados, ouvidos e liberados”, afirma o delegado João Paulo Tardin.

Segundo a autoridade, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) será cientificada sobre a participação do advogado no crime.

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