PP investiga novo possível caso de internação por Guillain-Barré

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 15/03/2016
Horário 09:59
 

Na semana em que Presidente Prudente ultrapassou 4 mil casos de dengue, o município registra mais um possível caso da rara Síndrome de Guillain-Barré. Uma jovem, 22 anos, está internada no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, com suspeita da doença, que também acometeu o estudante Jorge Luiz Zangirolamo, 29 anos, após ele ter apresentado sintomas de dengue.

De acordo com a Assessoria de Imprensa do HR, os exames da jovem foram coletados para confirmar ou não o diagnóstico, e o resultado deverá sair amanhã. O novo balanço da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) confirmou ao todo 4.068 catalogações de dengue neste ano, após mais 538 confirmações divulgadas ontem. Com o aumento no número, Prudente já supera os registros de 2013, quando contabilizou 3.730 casos de dengue – até então, o maior número alcançado pela cidade.

Existem ainda 7.142 notificações da doença que aguardam confirmação, conforme a VEM. No sábado foi realizado um dos mutirões que a municipalidade tem feito, no qual foram recolhidos 14 caminhões de possíveis criadouros do Aedes aegypti, vetor da dengue.

 

Terrenos críticos

O secretário municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Laércio Batista de Alcântara, informou ontem que já estava finalizando o mapeamento dos terrenos baldios, obras inacabadas e casas abandonadas em situação mais crítica em relação à limpeza, para encaminhá-lo ao MPE (Ministério Público Estadual). "Espero entregar logo, mas ainda não terminei o trabalho", afirma o titular da Seplan.

O promotor de Justiça, André Luis Felício, solicitou os dados na semana passada para instaurar um inquérito civil visando obrigar o proprietário a limpar o terreno, por meio de TAC (termo de ajustamento de conduta) ou pelo ajuizamento de ação civil pública. O promotor deve também requerer a instauração de inquérito criminal contra os donos dos terrenos apontados, para que eles respondam por crime ambiental, já que o acúmulo do lixo pode gerar criadouros do mosquito vetor da dengue, colocando a saúde humana em risco.
Publicidade

Veja também