A Prefeitura de Presidente Bernardes decretou situação de emergência devido aos registros de dengue no primeiro bimestre do ano. Até ontem, a cidade somava onze casos, além de oito exames em análise. Apesar de os números da doença no município estarem longe dos 336 registros de Presidente Prudente ou dos 317 de Presidente Epitácio, o prefeito Júlio Omar Rodrigues (PMDB) justifica o decreto pelo fato de o índice de infestação larvária do
Aedes aegypti ter atingido 11% na cidade, enquanto o percentual ideal é de apenas 1%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O coordenador do controle de endemias de Bernardes, Armando Francisqueti, afirma que tem realizado ações para coibir a proliferação da doença, como arrastões comunitários nos bairros e limpeza de quintais e espaços públicos. "Depois de toda ação de limpeza, a gente entra com a nebulização, principalmente nos bairros em que há maior incidência da dengue", comenta.
O decreto assinado pelo prefeito determina que o estado de emergência será mantido por 30 dias. Caso não haja avanços, o prazo poderá ser alargado.
Multas
A Vigilância Epidemiológica de Presidente Prudente tem realizado fiscalizações na cidade com vistas a autuar quem mantém potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue. De acordo com a coordenadora do órgão, Vânia Maria Alves Silva, por enquanto, as ações são direcionadas aos pontos estratégicos, como ferros-velhos e barracões de reciclagem.
Sem expor mais detalhes, ela relata que já houve notificações, e que qualquer cidadão pode acionar a vigilância para denunciar algum infrator. A multa é de 100 Unidades Fiscais do Município (UFMs), o equivalente a R$ 265,47, para moradores, e 200 UFMs (R$ 530,94) para donos de empresas comerciais, industriais e profissionais liberais.
